15/02/2022
Documentário mostra a Semana de Arte Moderna no Cineclube Macunaíma
O Cineclube Macunaíma exibe, hoje, o documentário A Semana de Arte Moderna, de Maria Maia, a partir das 10h e até segunda-feira, no canal da ABI do YouTube. Às 19h30, participam do debate a diretora do filme, o cineasta Sílvio Tendler, a jornalista Norma Couri e o professor e escritor João Cândido Portinari, único filho de Portinari.
O filme mostra os participantes da Semana de Arte Moderna de 1922 que está completando 100 anos. O evento foi uma manifestação artístico-cultural que ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 a 18 de fevereiro de 1922, reunindo diversas apresentações de dança, música, recital de poesias, exposição de obras – pintura e escultura – e palestras. Os artistas envolvidos propunham uma nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora inspirada nas vanguardas europeias.
Debatedores
Silvio Tendler é cineasta, professor e historiador brasileiro e fez filmes sobre personalidades como Jango, JK e Carlos Marighella, dentre outros. Produziu e dirigiu mais de 70 filmes entre curtas, médias e longas-metragens em formato documental, além de 12 séries. Dirigiu também a Fundação Rio (RIO ARTE) (1988) e o Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho (Castelinho do Flamengo) (1993), aTV Brasília e foi Secretário de Cultura e Esporte do governo Cristovam Buarque, na capital. Em 1997, assumiu a Coordenação de Audiovisual para o Brasil e o Mercosul da UNESCO, organismo vinculado às Nações Unidas voltado para a Educação e Cultura, onde permaneceu como consultor nesta área até 2000. Desde 1979, leciona no Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, e, em 2019, iniciou a curadoria do Cineclube Macunaíma.
Maria Maia, a diretora do filme, é socióloga, antropóloga e mestre em Comunicação Social pela Universidade de Brasília (UnB). Cineasta, poeta e escritora, realizou 63 filmes, entre curtas, médias e longas, tendo trabalhado 20 anos como roteirista e diretora de filmes na TV Senado, onde produziu títulos de grande importância e sobre personagens da grandeza de Levi-Strauss, Candido Portinari, Glauber Rocha, Darcy Ribeiro, Chico Mendes, Luís Carlos Prestes, José Lins, entre outros. Também realizou produções independentes como os curtas Inferno e Paixão e Deuses no Juruá (em co-direção com Rogério Sganzerla); e os longas 3 Refeições e Sonia e Lygia. Ao longo de sua trajetória no cinema, teve filmes exibidos em mostras e festivais no Brasil e em Londres, Paris, Capbreton, Milão, Buenos Aires e Los Angeles.
João Candido Portinari é professor e escritor brasileiro. Único filho de Candido Portinari, é o fundador e diretor-geral do Projeto Portinari. É também matemático com doutorado em engenharia de telecomunicações. Foi premiado com o Prêmio Jabuti de Literatura na categoria “Arquitetura e Urbanismo, Comunicação e Artes”, em 2005, lançou o Catálogo Raisonné da obra completa de seu pai em 2004 e também ganhou o prêmio Prêmio Sérgio Milliet, em 2005. Atuou na busca pelo quadro O Lavrador de Café, furtado do Museu de Arte de São Paulo (MASP) em 2007, que foi achado sem danificações pela polícia e agentes federais. Ele pediu para reforçar a segurança do MASP, de onde também foi roubado um quadro de Pablo Picasso. Escreveu vários livros sobre a vida e a obra de Portinari, com destaque para o livro Menino de Brodowski.
Norma Couri é jornalista (PUC Rio) com 45 anos de experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo. Foi correspondente do JB e do Jornal Zero Hora, em Lisboa e da revista portuguesa Visão, no Brasil. Trabalhou na revista Veja e na Folha de S.Paulo, no programa Roda Viva. É diretora e co-criadora, com o jornalista Alberto Dines, da empresa Jornalistas Associados Agência de Notícias Ltda, através da qual colaborou com O Estado de S.Paulo, revista Época e revista Visão de Portugal. Recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo pela cobertura do Caso Baumgarten e sete prêmios Abril de melhor reportagem, entrevista e perfil.