Autores de ataques racistas contra Maju buscavam fama


Por Claudia Sanches*

15/12/2015


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A apresentadora Maria Júlia Coutinho (Reprodução)

O Ministério Público de São Paulo identificou os suspeitos de postar comentários racistas contra a jornalista Maria Júlia Coutinho. O promotor Christiano Jorge dos Santos, que conduz a investigação, informou, nesta quarta-feira (14/12) que os grupos que postaram ataques racistas contra a apresentadora queriam reconhecimento e fama na internet.

Segundo o promotor trata-se de gangues que agem no campo cibernético, assim como as que atuam como pichadores.A operação ganhou o nome de “Tempo Fechado” em referência às ofensas à jornalista, que apresenta a previsão do tempo.

“Em vez de buscar reconhecimento através do trabalho, do empenho, de algo positivo, estão buscando pela prática criminosa, o que para eles resulta na possibilidade de serem processados criminalmente. Se condenados, vão ficar como reincidentes. Estão sujeitos a consequências penais”, explicou.

As penas variam conforme a atuação dos internautas. Eles podem responder pelos crimes de racismo e injúria qualificada pelas ofensas à honra da jornalista. Em alguns casos, por organização criminosa e por corrupção de menores. A penalidade pode chegar a dez anos de prisão. De acordo com o Ministério Público de São Paulo, os autores serão devidamente responsabilizados.

“Eles não vão ficar navegando nesse oceano de impunidade. Eles estão sujeitos a ser alcançados, mesmo quando usaram perfis falsos. Nós temos condições de chegar a eles e de responsabilizá-los criminalmente”, completou.

Christiano Jorge alertou para a possibilidade de ocorrerem novas ações, já que esse não é o primeiro caso.

Na última quinta-feira (10/12), uma operação do Ministério Público de São Paulo em oito estados localizou suspeitos e identificou um grupo criado no Amazonas que pode ter envolvimento no caso.

*Fonte: Globo News