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Polícia entrega ao MP inquérito sobre morte de cinegrafista


14/02/2014


 

Delegado Maurício Luciano chegando ao MP (Foto: Káthia Mello/G1)
Delegado Maurício Luciano chegando ao MP(Foto: Káthia Mello/G1)

 O delegado Maurício Luciano de Almeida Silva entregou ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), na tarde desta sexta-feira,14, o inquérito sobre a morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão durante protesto no dia 6. Presos temporariamente no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste, os suspeitos do crime, Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, foram indiciados por homicídio doloso.

A promotora Vera Regina de Almeida, titular da 8ª Promotoria de Investigação Penal, responsável pela análise do inquérito, tem cinco dias para decidir se oferece denúncia à Justiça.

Na madrugada desta sexta-feira, 14, Caio negou ter acendido o rojão que causou a morte do cinegrafista e culpou Fábio Raposo. Contudo, quando foi preso o suspeito admitiu o crime em entrevista à imprensa.

O advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, informou que vai pedir a anulação do inquérito. Ele esteve no presídio na tarde desta sexta, para conversar com o cliente.

—Caio disse que foi acordado durante a madrugada por agentes penitenciários dizendo que alguns policiais queriam falar com ele. Os policiais disseram que estavam ali para ajudá-lo, já que Fábio tinha feito delação premiada e o acusava do crime. Os policiais disseram ainda que Caio teria que se defender para ficar em uma posição privilegiada no inquérito. Houve um constrangimento ilegal e a custódia temporária de Caio não tem mais sentido, disse o advogado, acrescentando que acionará a Comissão de Direitos Humanos do Ministério Público e a OAB para investigar as circunstâncias do depoimento.

De acordo com o delegado Maurício Luciano, o pedido de anulação seria ilegal.—É uma impropriedade técnica do advogado. Caio manifestou vontade de falar. Talvez ele tenha querido falar longe do advogado. Se não havia tempo hábil para chamar o advogado, não tem problema. O juiz vai entender se o depoimento pode valer ou não. Para a Polícia Civil, o caso está encerrado, disse o delegado.

*Com informações do G1