Mais um advogado assume o caso Santiago Andrade


19/02/2014


Caio Souza e Fábio Raposo (Reprodução Globonews/G1)

Caio de Souza e Fábio Raposo (Reprodução Globonews/G1)

O advogado Wallace Martins assumiu a defesa de Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, acusados de lançarem o rojão que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade. O nome do profissional foi sugerido por Jonas Tadeu Nunes, que continuará atuando na defesa do caso.

—Convidei Wallace Martins para ajudar na parte mais prática. Ele tem escritório no Centro e, como este processo está sendo desenvolvido no Fórum da capital, tudo fica mais fácil. Estamos aguardando o parecer do juiz sobre a denúncia do Ministério Público para iniciarmos o trabalho conjunto, disse Nunes.

Wallace Martins afirmou que não vai cobrar honorários dos clientes e que pretende contestar a tipificação da denúncia:

—Interessei-me pela causa diante do grave estado de injustiça do ponto vista do direito penal e do direito processual penal, que seria a classificação do delito como homicídio doloso triplamente qualificado. Os rapazes são suspeitos de acender os rojões, mas eles não tinham a intenção de matar. Pretendiam apenas fazer barulho para que o movimento fosse notado. O crime cometido pelos acusados é homicídio culposo (sem intenção de matar) por imprudência, argumentou o advogado.

Prisão preventiva

Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa, presos temporariamente no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste, foram acusados pelo Ministério Público(MP-RJ) por homicídio doloso (quando há intenção de matar) triplamente qualificado por motivo fútil, com emprego de explosivo, sem dar chance de defesa à vítima, e pelo crime de explosão, que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido na cabeça por um rojão no último dia 6, durante a cobertura de um protesto no Centro do Rio.

Na denúncia entregue à Justiça do Rio nesta segunda-feira, dia 17, o Ministério Público, atendendo ao pedido da autoridade policial, solicitou que a prisão temporária dos acusados seja convertida em preventiva para que os acusados permaneçam na cadeia até o julgamento.

 *Com informações do G1