Maior índice de mortes de jornalistas desde 1997


02/01/2013


Pelo menos 132 jornalistas foram assassinados em 2012 em todo o mundo, enquanto trabalhavam ou por consequência de suas investigações. O número divulgado pelo Instituto Internacional de Imprensa (IPI), que começou a fazer um registro da violência contra jornalistas e é o mais alto desde 1997. Com sede em Viena, na Itália, o Instituto considerou por meio de um comunicado que a “terrível” quantidade de jornalistas assassinados não se deve só a conflitos, mas também à falta de uma legislação adequada para garantir que a imprensa possa exercer sua função.
 
“É incrível que tantos jornalistas tenham morrido este ano”, comentou no comunicado a diretora executiva do IPI, Alison Bethel McKenzie. A Síria encabeça a lista dos países mais mortais para a imprensa em 2012 com 39 mortos, seguida pela Somália, com 16 casas, a cifra mais alta no país dos últimos quinze anos. O número de jornalistas assassinados neste ano bate o recorde anterior, alcançado em 2009, de 110 casos.
 
No relatório apresentado por outras organizações, como a Repórteres Sem Fronteira e a Press Emblem Campaign, o Brasil também tem despontado como um dos países mais perigosos para a prática profissional do jornalismo. Leia mais aqui.
 
América Latina
 
A violência contra os jornalistas foi alta em vários países da América Latina, o que, segundo o IPI, “reflete uma falta de tolerância com a informação crítica e independente” dado os ataques verbais e jurídicos feitos à imprensa por parte de representantes governamentais do mais alto nível.
 
Sete jornalistas foram assassinados em 2012 no México, um país em que a “autocensura já é normal depois de anos de homicídios, ataques e ameaças contra os profissionais da imprensa. Em alguns casos há inclusive um rechaço total à cobertura de assuntos políticos ou criminais, percebido por alguns profissionais como a única forma segura de permanecerem vivos”, destaca a nota.
 
*Com informações da EBC.