Museu cultiva memória da imprensa do RN


18/11/2010


Um lugar onde se pode reviver e contar todos os dias a história da imprensa do Rio Grande do Norte. Esse é o principal objetivo do Museu da Imprensa Oficial Eloy de Souza, que completou sete anos no último dia 13 de novembro.
 
 
A sede do museu abrigou a redação do Jornal A República, criado por Pedro Velho Maranhão, publicado pela primeira vez em 1º de julho de 1889. O jornal foi também por muito tempo o órgão oficial do Governo do Rio Grande do Norte, que divulgava atos e comunicados oficiais do estado.
 
 
Desativado em 1995, o museu manteve suas máquinas paradas até 2003, quando o Departamento Estadual de Imprensa se mobilizou para organizar e sua reabertura.
 
 
Rosane Macedo, supervisora do museu, fala sobre a importância de cultivar a memória, e de lembrar o imenso trabalho braçal que era necessário para produzir os jornais impressos antigamente, com os tipos móveis, as máquinas de escrever, entre outras técnicas. Para ela, o museu tem um diferencial:
— As pessoas que vêm aqui costumam dizer que é um museu vivo, porque o acervo interage com o visitante e permite que ele faça uma retrospectiva no tempo, disse a supervisora.
 
 
Recentemente, o museu adquiriu um aparelho de TV e um sistema de DVD, que mostram o funcionamento das máquinas antigas. Rosane destaca a importância desses recursos para aproximar os visitantes daquela realidade, mesmo quando não houver a presença de um profissional especializado em operar os equipamentos no local.
 
 
Espírito potiguar
 
 
O nome do museu foi uma homenagem dada no primeiro aniversário da instituição, em homenagem ao jornalista, sociólogo e Senador Eloy de Souza, considerado um exemplo do espírito potiguar, pela sua importância na história política e da imprensa no Rio Grande do Norte.
 
 
Eloy nasceu no Recife, em 1873, exerceu um mandato como deputado estadual, depois se elegeu deputado federal e foi considerado, à época, o parlamentar mais jovem do Brasil a ocupar uma vaga na Câmara dos Deputados. Foi também diretor do jornal A Razão e da Imprensa Oficial do Rio Grande do Norte, de 1937 a 1941.
 
 
Escreveu diversos livros de sucesso, como “O calvário das secas”, “Costumes locais”, “Alma e poesia do litoral do Nordeste”, “Um problema nacional”, “Economia das secas”, entre outros.