Tensão de jornalistas
aumenta com pandemia


09/06/2020


Imagem: Portal dos Jornalistas

Os jornalistas brasileiros foram responsáveis por 22% do total de respostas dadas a pesquisa feita pela Federação Internacional dos Jornalistas sobre as condições de trabalho da categoria durante a pandemia do novo coronavírus.

A pesquisa foi aplicada no Brasil pela FENAJ, entre os dias 26 e 28 de abril.

Os dados mostram que dos 295 jornalistas que responderam à pesquisa, 51,53% são mulheres e 48,47% são homens, sendo que 53,08% possuem vínculo empregatício formal e 46,92% são freelancers.

Dos jornalistas que responderam a pesquisa, 177 relataram aumento da ansiedade e do estresse, equivalente a 61,25%.

Sobre como a pandemia afetou os salários, 59,18% responderam que tiveram reduções e 40,82% responderam que não foram afetados negativamente em questões financeiras.

Na questão sobre restrições ao trabalho de jornalista, em que a FIJ permitiu resposta aberta, quase 70% das respostas indicam impactos negativos entre os profissionais.

Das 295 pessoas que responderam à pesquisa, 108 foram deslocadas de editoria ou de temas que costumavam cobrir; 25% relataram perdas salariais ou redução nos benefícios; 21 pessoas foram demitidas; 15,92% relataram falta de equipamento de proteção para trabalho externo. Apenas 9,69% relataram não ter ocorrido nenhuma mudança no trabalho durante a pandemia.

Os detalhes sobre os dados referentes ao Brasil foram sistematizados pelo Departamento de Saúde, Previdência e Segurança da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que agora convida os jornalistas brasileiros em atividade para responder uma nova pesquisa, que pode mensurar as alterações desse cenário nos últimos dois meses.

Por que responder à nova pesquisa da FENAJ?

O formulário para o levantamento da FENAJ está disponível com o objetivo de monitorar a contaminação por coronavírus entre os profissionais jornalistas, as condições de trabalho nas redações, saber quem continua frequentando os locais de trabalho e quem está em home office, e, ainda, mensurar a quantidade de acordos individuais de redução de salários e jornada que as empresas de comunicação implantaram a partir da MP 936, para ter um diagnóstico da realidade do trabalho no país e avaliar possíveis ações junto aos sindicatos.