Violência contra jornalistas avança no Brasil


14/08/2012


A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou no último dia 9, pesquisa do International News Safety Institute (INSI) que apontou o Brasil como um dos cinco piores países para o exercício da profissão de jornalista, ao lado da Nigéria, Somália, Indonésia e México. 

De acordo com o estudo, de janeiro a junho de 2012, pelo menos 70 jornalistas e outros profissionais da imprensa morreram em todo o mundo durante atividades profissionais, 14 a mais em relação ao mesmo período de 2011.

 
O relatório do INSI destacou que, “apesar dos confrontos na Síria, a maior parte das mortes de jornalistas ao redor do mundo foi em períodos de paz e em coberturas locais de assuntos como crime, política e corrupção”. O INSI observou ainda que 90% dos casos de assassinato de jornalistas ficaram impunes. Segundo dados do Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) o índice de impunidade no Brasil é de 75%.
 
De acordo com o estudo do INSI, o México lidera o ranking de violência contra jornalistas,totalizando oito profissionais mortos no primeiro semestre de 2012, além de dezenas de ataques registrados no país contra veículos de comunicação. No Brasil, foram mortos sete jornalistas até o início de julho. São eles:Laércio de Souza, Mario Randolfo Marques Lopes, Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, Onei de Moura, Divino Aparecido Carvalho, Décio Sá e Valério Luiz de Oliveira.
 
—Jornalistas estão mais do que nunca na mira dos inimigos da liberdade de expressão. Toda e qualquer morte sufoca o fluxo de informações, sem o qual nenhuma sociedade livre pode funcionar, afirmou Rodney Pinder, Diretor do INSI.

*Com Knight Center for Journalism.