Caso Barbon: advogado elogia atuação da imprensa


04/02/2009


A cobertura que a imprensa vem dando ao assunto e a iniciativa da ABI de encaminhar ofício do Governador de São Paulo, José Serra, pedindo a sua intervenção, para garantir proteção à família do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, segundo o advogado Ricardo Ramos, foram de “suma importância” para que Kátia Rosa Camargo, viúva de Barbon e seus dois filhos fossem incluídos no programa de proteção à testemunha do estado de São Paulo.

A segunda intervenção da ABI no caso — a primeira ocorreu logo após o assassinato do jornalista — se deu quando Kátia Camargo enviou um apelo angustiado à ABI, no dia 29 de outubro do ano passado, dizendo que se sentia ameaçada e que temia pela vida de seus filhos, um de 11 e outro de 14 anos de idade, alegando que alguns dos acusados do assassinato do seu marido ainda se encontravam em liberdade.

No dia seguinte, 30 de outubro, o Presidente da Casa, Maurício Azêdo encaminhou um documento ao Governador José Serra pedindo a designação de proteção especial à viúva, afirmando que a partir do comunicado, a entidade passava a considerar o próprio Governador responsável pela integridade física e pela vida de Kátia Camargo e seus dois filhos.

Sobre a iniciativa da ABI e a atuação da imprensa, que após o assassinato do jornalista tem dado uma ampla cobertura ao assunto, o advogado Ricardo Ramos disse o seguinte:
— A Justiça é uma porcaria e precisa de pressão para funcionar. Neste sentido, não resta dúvida de que a atuação da ABI, e da imprensa como um todo, foi dez, para não dizer mil. A imprensa atuou como um mosquitinho que incomoda bastante.

Ricardo Ramos informou ainda que o caso está encerrado e aguardando julgamento, ainda sem data prevista para acontecer, pois a Juíza da 1ª Vara Criminal de Porto Ferreira, Milena de Barros Ferreira, encaminhou pedido ao Tribunal de Justiça de São Paulo para que o julgamento dos acusados seja feito fora do município, por temer que haja pressão sobre os jurados. Cinco policiais militares e um comerciante estão presos acusados de cometerem o crime.