Todo apoio a Conrado Hübner


24/07/2021


Em voto magistral pela liberdade de expressão, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, ao relatar a ação direta de inconstitucionalidade nº 4.815, afirmou: “cala a boca já morreu, quem manda em minha boca sou eu”.

Ao pedir à Procuradoria-Geral da República para apurar crimes contra honra que teriam sido cometidos pelo professor de Direito Constitucional Conrado Hübner, da Faculdade de Direito da USP, em coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo. o ministro do STF de estimação do ainda presidente Jair Bolsonaro, Kássio Nunes Marques, demonstra que não leu o voto vitorioso da ministra Cármen Lúcia.

Assim como já havia feito o procurador-geral da República, Augusto Aras, a iniciativa do ministro Kássio Marques tem o objetivo exclusivo de intimidar o colunista Conrado Hübner e, por extensão, todos os jornalistas, pois, embora figuras públicas não aceitam receber críticas.

Ambos têm uma característica comum: a absoluta subserviência ao genocida Bolsonaro, que permanentemente atenta contra a democracia com o silêncio cúmplice do procurador-geral e do ministro.

Novamente, a ABI solidariza-se com Conrado Hübner e repudia a tentativa de intimidação dos jornalistas brasileiros pelo ministro Kássio Marques.

É com indignação e tristeza que a ABI registra este comportamento de um ministro do STF, que deveria, por dever institucional, defender a Constituição, que proíbe a censura.

Paulo Jeronimo
Presidente da ABI

Leia a coluna de Conrado Hübner, que motivou o acionamento da PGR pelo ministro Kássio Marques:

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2021/04/o-stf-come-o-pao-que-o-stf-amassou.shtml