Justiça concede liberdade aos PMs acusados de arrastar mulher


20/03/2014


Policiais presos pela morte de Cláudia Silva Ferreira (Crédito: Marcelo Carnaval / Agência O Globo)

Policiais presos pela morte de Cláudia Silva Ferreira (Crédito: Marcelo Carnaval / Agência O Globo)

A juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria Militar, concedeu liberdade provisória, na tarde desta quinta-feira, 20 de março, aos três policiais militares acusados de arrastar Claudia Ferreira Silva, de 38 anos, em uma viatura. Os subtenentes Rodney Miguel Archanjo, Adir Serrano Machado e o sargento Alex Sandro da Silva Alves estão presos desde a última segunda-feira, dia 17. O Ministério Público Militar havia opinado favoravelmente ao pedido de liberdade feito pela defesa dos PMs.

O promotor do caso, Paulo Roberto Mello Cunha, da Auditoria Militar, afirmou que não havia elementos suficientes para fazer uma denúncia que mantivesse os acusados na cadeia, que podem responder em liberdade. Inicialmente eles são acusados de crime militar pelo transporte indevido de vítimas.

Claudia foi baleada durante operação policial no Morro da Congonha, Zona Norte do Rio. O corpo da auxiliar de enfermagem foi arrastado pelo carro policial por 350 metros pelas ruas do bairro de Madureira. O viúvo Alexandre Fernandes da Silva pede que a justiça seja feita. “Eu não creio que eles vão ficar soltos”, disse.

Na decisão da Justiça, a juíza considerou que não há provas de que os três policiais tenham provocado a morte de Cláudia, já que a origem do tiro que a atingiu ainda é desconhecida. “Assim sendo, por mais fortes, chocantes e, até mesmo revoltantes que sejam as imagens da senhora Cláudia Ferreira da Silva, já baleada, sendo arrastada no asfalto presa ao reboque da viatura (…) não é possível inferir que os policiais militares presentes na viatura conheciam tal circunstância e a ignoraram”, registrou a magistrada.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, os três acusados permaneciam na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, localizada no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste da cidade. O subtenente Machado é acusado de envolvimento em mais 13 casos de homicídio decorrentes de intervenção policial, e Archanjo de outros três.

*Com informações do G1 e jornal Extra.