Nova direção atrai
jornalistas para a ABI


29/08/2019


Claudia Noronha, Érica Avelar, Luciana Medeiros, Regina Lumière, Pagê e Walter Clemente

Na campanha de novas filiações à Associação Brasileira de Imprensa – ABI, após a mudança da diretoria no final de julho, nada menos do que 28 jornalistas aguardam a aprovação dos seus pedidos.

Nesta quinta-feira (29/08), trazidos por Alexandre Medeiros, membro do Conselho Deliberativo da Casa do Jornalista, os colegas Walter Clemente, Claudia Noronha, Regina Lumière, Luciana Medeiros e Érica Avelar estiveram na sede da ABI para oficializarem suas inscrições. Foram recebidas pelo presidente Paulo Jeronimo, o Pagê.

Os jornalistas pertencem a um grupo de WhatsApp e do Facebook, onde conversam sobre jornalismo, política, cultura e outros interesses e decidiram se associar a partir do ato em apoio ao jornalista Glenn Greenwald, que reuniu mais de três mil pessoas, na ABI, em 30 de julho último.

Mas eles não são os únicos. Nesta segunda-feira a Comissão de Sindicância à qual, estatutariamente cabe analisar os pedidos de filiação, estará analisando outras 23 solicitações encaminhadas pelo site da ABI. Algumas são mais antigas. A maioria, porém, foi apresentada após a mudança de rumo na entidade.

Luís Nassif (esq.) e Fred Ghedini, tradicionais jornalistas que se associam à ABI.

Entre os pedidos já protocolados está o de Luís Nassif, editor do GGN Jornal de Todos os Brasis. Ele, que apoiou a Chapa2 – ABI: Luta Perla Democracia, aguardava apenas a posse da nova diretoria para apresentar seu pedido de filiação.  O mesmo aconteceu com Frederico Barbosa Ghedini, o Fred Ghedini, presidente da Associação Profissão Jornalista (APJor), em São Paulo. Após a vitória da Chapa2, por ele apoiada, Ghedini encaminhou prontamente o pedido de filiação à ABI. Ambos tradicionais jornalistas em São Paulo, que sempre militaram na vida sindical, mas jamais tinha se aproximado da ABI.

Outro profissional conhecido que já apresentou seu pedido de associação é André Luís Carneiro Balocco, ou André Balocco, como assina profissionalmente.

O mesmo ocorre com Luciana Medeiros, uma das que esteve na sede da ABI quinta-feira. Com mais de 30 anos de jornalismo, e passagens pelo O Globo, Jornal do Brasil e Rádio MEC, Luciana considera importante a união da categoria nesse momento difícil da política brasileira.

“É Importante fortalecer a entidade, principalmente nessas “páginas infelizes na nossa história”, já que juntos, somos mais fortes. Somos um grupo que conversa pelas redes sociais e presencialmente sobre política, jornalismo, cultura. Decidimos fazer a inscrição a partir do encontro com Glenn Greenwald aqui na ABI, que precisa recuperar seu protagonismo na luta pela liberdade de imprensa”.

Walter Clemente, Luciana Medeiros, Claudia Noronha, Érica Avelar e Regina Lumière

A jornalista Claudia Noronha, que já foi Conselheira da ABI nos anos 80, veio à ABI para reativar sua filiação, já que há muito afastou-se da entidade. Ela diz já haver outros companheiros de profissão interessados em fortalecer a categoria e a liberdade de imprensa:

“Estive no ato em defesa do Glenn e da liberdade de imprensa e achei forte, potente. A ABI lotada, com uma multidão no térreo que não subiu porque não havia mais espaços. Os discursos foram ótimos, com jornalistas, juristas, artistas e políticos”, explicou.

O ato que homenageou o editor do The Intercept reavivou a memória de Claudia que, na juventude, “era assídua frequentadora do cineclube, e assisti a vários filmes memoráveis, como “Deus e o Diabo e Terra em Transe”, de Glauber. A exibição foi com uma cópia emprestada pelo próprio Glauber”.

Depois, porém, ela se afastou da entidade. “Com esta diretoria e após o ato em defesa do Glenn, junto com amigos, decidimos nos associar em bloco, para contribuir como for possível. A ABI deve cumprir o seu papel de defender a integridade do jornalista e o direito ao sigilo da fonte, além do livre exercício da profissão”.

Comissão de Sindicância – Nesta segunda-feira, a nova Comissão de Sindicância da ABI irá analisar todos os pedidos de associação já processados pela secretaria da entidade. Nesta lista constam profissionais do Rio, de São Paulo e de Brasília, entre os quais estão: José Renato Munis Guimarães, Simone Mary de Mendonça Iannibelli, Maísa Barroso Bernabé Céron, Demerval Coutinho Neto, Feliciano José dos Santos Rodrigues, Aguinaldo Araújo Ramos, Mauro Ferreira Coelho da Silva, Luiz Guilherme de Moura Gaya, Natanael Arcanjo, Flavio Rodrigues Masson Carvalho, Paulo Sérgio Arrais, Antôonio José Lopes, Marcelo Marçal, Alfredo Antônio Fernandes, Antônio Luiz Cunha Geremias, Luís Paulo Arrais, Renata Trindade, Herval Trabuco Alves e André Luis de Almeida Giutt (de Brasília).

Já o associado Edmilson Francisco da Silva entrou com o pedido para mudar da categoria de colaborador para a de sócio efetivos.