Jornalista Álvaro Caldas no Encontros com a Cultura


05/11/2020


O jornalista e escritor Álvaro Caldas é o convidado desta quinta-feira, 5, do Encontros da ABI com a Cultura, às 19h30, ao vivo, no canal da Associação Brasileira de Imprensa do YouTube. O programa, apresentado por Zezé Sack, jornalista e produtora Cultural da ABI, terá a participação das jornalistas Livia Ferrari e Vera Durão, ambas também da ABI.

Álvaro Caldas, que trabalhou nas principais redações cariocas e sucursais de jornais de São Paulo no Rio, é atualmente colaborador no blog Ultrajano.

Iniciou suas atividades fazendo imprensa estudantil no jornal Movimento, da Une. Integrou o movimento de resistência ao golpe militar que derrubou o presidente João Goulart, em 1964. Militante de uma organização da esquerda armada, o PCBR, foi preso em fevereiro de 1970, no Rio, e passou dois anos e meio nos cárceres da ditadura.

Até ser preso, Álvaro trabalhou no  Globo, passou pela Agência France e em seguida fez carreira no Jornal do Brasilonde ficou durante cinco anos e chegou a Repórter Especial.

De volta à liberdade, trabalhou no Jornal dos Sports, foi repórter nas sucursais do Estado de S. Paulo e do Diário do Comércio e Indústria (DCI).  Chefiou a redação da sucursal da Folha de S. Paulo, foi editor da Última Hora, TV Globo e Tribuna da Imprensa. Participou da criação e colaborou com jornais da imprensa alternativa nas décadas de 1970/80, entre eles Opinião, Movimento, Pasquim e Em Tempo.

A partir de 86, afastou-se da imprensa diária para trabalhar por sua própria conta e risco, com a criação da Tiro de Letras, pequena empresa de editoria e serviços jonalísticos. Tornou-se professor de jornalismo impresso nas Faculdades de Comunicação da Cidade e PUC-Rio.

É autor de quatro livros. Estreou com Tirando o Capuz, (Editora Codecri, 1981), memórias da guerrilha urbana que tirou quatro edições e se transformou num best-seller, integrando as listas dos mais vendidos entre os anos de 80/81. Revisto e ampliado, Tirando o Capuz foi reeditado em 2004, 5° edição, pela Editora Garamond.

Balé da Utopia, (Editora Objetiva, 1993, reeditado pela Garamond em 2006), uma novela ambientada nos subterrâneos dos anos de chumbo, é sua estreia na ficção. Nele, três personagens deserdados da utopia, um professor revolucionário, uma jovem estudante e um bailarino encapuzado, confinados numa estranha cabine, interrogam o destino de sua geração e vivem uma situação dramática explosiva. O Balé foi adaptado para o cinema pela LC Barreto Produções Cinematográficas, com o título de Sonhos e Desejos.

Cabeça de Peixe, (Garamond, 2002), reúne uma coletânea de sete contos, numa ficção fragmentada em que o surrealismo entrelaça-se com a realidade. Com ilustrações de Loredano, Trimano, Grilo e Brandão. Organizador de Deu no Jornal, o jornalismo impresso na era da internet, (Loyola/PUC, 2002).