Cinegrafista pede desculpas, diz que não é racista e alega que “entrou em pânico”


Por Claudia Sanches*

11/09/2015


petra excusesHúngara demitida após agredir migrantes na fronteira diz ter entrado em pânico quando centenas romperam barreira policial. Em carta publicada em jornal, ela pede desculpas e assume responsabilidade pelo ocorrido.

A cinegrafista Petra László, flagrada agredindo migrantes na cidade de Röszke, perto da fronteira da Hungria com a Sérvia, se desculpou publicamente.

Numa carta publicada no jornal conservador de direita húngaro Magyar Nemzet, tenta justificar sua atitude. “Estava filmando quando centenas de refugiados romperam o cerco policial. Um deles tropeçou em mim e entrei em pânico”.  Nas versões eletrônicas da revista alemã Spiegel e do jornal Süddeutsche Zeitung desta sexta-feira (11/09), ela escreveu: “Eu lamento sinceramente o que aconteceu. Quando assisto ao vídeo hoje, não me reconheço “.

 A cinegrafista assumiu a responsabilidade pelo ocorrido e argumentou que entrou em pânico quando centenas de refugiados romperam a barreira policial: “As pessoas corriam na minha direção e pensei que estava sendo atacada. Fiquei com medo. É difícil tomar decisões certas quando se está em pânico”.

A húngara, de 40 anos, disse que não é uma cinegrafista racista e sem coração que ataca crianças. “Sou apenas mãe de uma criança pequena que agora está desempregada e que, em pânico, tomou uma decisão errada. Realmente sinto muito. Como mãe, lamento que tenha sido uma criança a esbarrar em mim, e que eu não tenha percebido”.

Petra László pode ser vista em vários vídeos enquanto filmava confrontos entre forças de segurança e refugiados para a N1TV. Nas imagens, ela aparece derrubando um refugiado que corria com uma criança pequena no colo e dando pontapés em crianças refugiadas.

Ao mesmo tempo, ela se disse chocada com as reações ao episódio. “Não mereço que seja feita uma caça às bruxas política contra mim”, escreveu, afirmando ter recebido ameaças de morte.

 Um “muro da vergonha” em una página do Facebook, que inclui fotos, vídeos e comentários sobre o incidente, recebeu a adesão de milhares de internautas.

*Com informações do G1

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