O Segundo Reinado na visão do Espiritismo


09/07/2009


Acaba de ser doado à Biblioteca Bastos Tigre da ABI o livro “Dom Pedro II e a Princesa Isabel — uma visão espírita-cristã do Segundo Reinado” (Associação Editora Espírita Lorenz, 2008), do advogado e jornalista Paulo Roberto Viola. A obra, segundo o autor, tem como objetivo abordar as questões históricas, políticas e sociais do Governo imperial brasileiro, mais precisamente a partir da segunda metade do século XIX, quando entrou em vigor no Brasil o reinado de D. Pedro II.

Por meio deste livro Paulo Roberto Viola diz que pretende ressaltar as figuras humanas representadas pelo Imperador Pedro II e sua filha Princesa Isabel. Ele por ser considerado pelo autor como um governante austero e fiel às causas da pátria. Ela pela demonstração de amor ao próximo, apontada no episódio da libertação dos escravos, que teve continuidade “na espiritualidade”.

Segundo Paulo Roberto Viola, este trabalho editorial não pretendeu reunir documentos inéditos nem tampouco escrever a História do império no Brasil, trabalho que já vem sendo realizado com muita propriedade pelos historiadores.

Sobre a sua verdadeira proposta o autor se pronuncia na introdução do livro: “Nosso intento, este sim, se esgota num único propósito, qual seja o de selecionar aquilo que de melhor trouxe espiritualmente D. Pedro II, o ‘magnânimo’, e sua não menos magnífica herdeira, a Princesa Isabel, Senhora do Brasil, donos de uma dignidade e de um espírito público incomparáveis no exercício da nobre função pública”.

De acordo com Paulo Roberto Viana nesta seleção o que o seu livro procura mostrar é que a psicografia de Chico Xavier se compatibiliza, nos detalhes mais íntimos, “com a autêntica realidade vivida pelos fatos que constituem a História do Segundo Reinado”.

Dividido em 14 capítulos, o livro de Paulo Roberto Viola fala da coroação de D. Pedro II e a sua missão reencarnatória, da Guerra do Paraguai, dos grandes desafios enfrentados pela Coroa no período das reformas do final dos anos 60, como as questões militar e religiosa, e sobre o abolicionismo.

Há um capítulo dedicado ao interesse da Princesa Isabel pelo Espiritismo, Lei Áurea, dos últimos anos da monarquia. Tudo isso sob a ótica da decodificação da Doutrina espírita apresentada por Allan Kardec.