Câmera Record entrevista o Maníaco de Guarulhos


06/07/2017


Domingos Meirelles entrevista o Maníaco de Guarulhos. Foto: Divulgação

O Câmera Record deste domingo (9) exibe uma entrevista exclusiva com Leandro Basílio Rodrigues, de 28 anos, o Maníaco de Guarulhos, que também violentava suas vítimas depois de matá-las. Ele é entrevistado, com exclusividade,por Domingos Meirelles. Após um ano de negociações, o assassino, que violava mulheres depois de matá-las, quebrou o silêncio e revelou segredos de seus crimes.

O R7 publicou que o entrevistado revela como matou a primeira namorada, após ser perguntado pelo jornalista Domingos Meirelles.

— Eu atirei nela, depois queimei o corpo.

Segundo a justiça, Leandro foi condenado pela morte de oito mulheres.

— Eu enforquei e sumi com o corpo da minha segunda namorada.

Leandro se surpreendeu e mudou de assunto quando viu a foto de uma das mulheres que matou, apresentada por Meirelles, durante a entrevista.

— Nunca vi o rosto dessa mulher. Estou vendo agora.

A junta médica que avaliou Leandro, na época da prisão dele, o considera um homem inteligente, frio, impiedoso e um mentiroso compulsivo, conforme explica o psiquiatra Antônio Serafim.

— Jamais ele vai demonstrar o que sente de verdade. Jamais vai expor suas emoções.

Quando questionado por Meirelles se tinha o hábito de confessar os crimes e depois negar, Leandro se excede no tom da reposta.

— Você acha que eu sou louco?

Durante quase duas horas de entrevista, o Maníaco de Guarulhos deixa explícito o quanto odeia as mulheres.

— Mulher que trai, não merece nada. São mulheres promíscuas.

O Câmera Record também mostra como Leandro tornou-se um assassino cruel. Apreendido aos 13 anos por tráfico e roubo de carros, desde então, Leandro é um frequentador assíduo do sistema penitenciário.

— Aqui dentro é matar ou morrer.

E mais: a relação problemática com a mãe e a grande admiração pelo pai.

O Portal dos Jornalistas publicou que o programa é produzido pelo Núcleo de Reportagens Especiais da Record TV, que completou dez anos em abril passado. Ele foi criado pelo chefe de Redação Rafael Gomide a pedido da Vice-Presidência de Jornalismo. Gomide fez carreira em São Paulo, passando por redações de jornal impresso até chegar à televisão no início do ano de 2000. Passou por RedeTV, Band e há 12 anos se transferiu a Record TV, onde ajudou a montar o projeto do novo Jornal da Record, com a então saída do âncora Boris Casoy.

Ao criar o Núcleo, a missão dele foi abrir espaço para reportagens investigativas, mais extensas, com a intenção de aprofundar cada tema, esmiuçar os meandros de cada assunto, ajudar o telespectador a entender melhor a informação, além do jornalismo tradicional, que – até por força da necessidade – abordava os assuntos em curto espaço de tempo. Assim, o foco principal foi a realização de reportagens de denúncia, com a intenção de esclarecer os fatos obscuros no País.

Segundo a assessoria de imprensa da emissora, com o passar do tempo o Núcleo de Reportagens Especiais tornou-se um abastecedor para programas de documentários para TV aberta e exibidos pela Record TV, a saber: Repórter Record Investigação, Câmera Record, Repórter em Ação, Câmera em Ação e A Grande Reportagem (quadro do Domingo Espetacular). Atualmente, a Redação conta com 65 profissionais, dos quais, 33 jornalistas.

O Núcleo de Reportagens Especiais da Record TV venceu 22 prêmios, entre eles os prestigiosos Internacional Rei de Espanha, Esso, Vladimir Herzog, Tim Lopes e América Latina de Direitos Humanos.