WSJ lança novo caderno


28/04/2010


O Wall Street Journal (WSJ) lançou nesta terça-feira um novo caderno que deve concorrer com o New York Times (NYT) pelo título de melhor jornal metropolitano e símbolo da cidade de Nova York. Adquirido há três anos pelo bilionário Rupert Murdoch, que é um dos maiores empresários da mídia no mundo, o Wall Street Journal — o mais tradicional financeiro dos Estados Unidos e é líder em circulação de jornais do país — passou a fazer coberturas de cidade, esportes e cultura.

O novo caderno chama-se “Greater New York (Grande Nova York)” e foi lançado com 16 páginas, mas nas próximas edições deverá circular com oito e no máximo doze. A edição de lançamento fez uma grande promoção para anunciantes e teve cinco páginas totalmente tomadas de anúncios. Delta Air Lines, Universidade de Nova York e a loja de departamentos Bloomingdale”s foram alguns dos anunciantes de estréia do novo suplemento. 

A iniciativa do WSJ provocou reações no NYT , que distribuiu uma nota considerada irônica de saudação ao concorrente: “Depois de 120 anos de existência, o Wall Stret Journal nesta manhã decidiu finalmente cobrir Nova York ao norte de Wall Street. No espírito da camaradagem, damos boas-vindas ao novo caderno local. O New York Times tem sido o jornal de Nova York por cerca de 160 anos e sabemos como é difícil para iniciantes conquistarem seguidores”. 

A nota provocou uma reação imediata de Rupert Murdoch, que por meio do seu tablóide New York Post lançou um ataque ao rival. O jornal traz uma reportagem dizendo que o New York Times vai perder a guerra por anunciantes, porque a partir de agora tem um concorrente de peso, que vai acabar com a sua hegemonia de décadas na cidade. 

Adotando uma linha editorial mais conservadora, o Wall Street Journal há anos tem uma circulação que é mais do que o dobro da do New York Times. O jornal tem uma tiragem fenomenal de 2 milhões de exemplares, contra 951 mil do New York Times. Nos últimos seis meses, a circulação do jornal de Murdoch teve crescimento de 0,5%, enquanto a do Times caiu 8,47%. 

* Com informações do Estadão.