Uma Mente Brilhante 


06/10/2021


Por Zezé Sack, jornalista e do Conselho da ABI 

A década de 1920 deu ao mundo reconhecidas mentes brilhantes, e, no Brasil, não foi diferente. 

– João Cabral de Melo Neto (1920); 

– Clarice Lispector (1920); 

– Paulo Freire (1921); 

– Maria Clara Machado (1921); 

– Darcy Ribeiro (1922); 

– Milton Santos (1926); 

– Ariano Suassuna (1927). 

Temos muitos outros renomados Brasil afora, como a intenção é citar apenas alguns, aqui estão. Vou falar de uma personalidade desse grupo de suma importância, sobretudo neste momento em que o País carece de memória na linha de pensamento educacional. 

Paulo Freire, Filósofo, Pedagogo e pensador, começou a ser publicado em 1960 pela Paz&Terra. Conhecida editora de esquerda que em 2012 foi incorporada pela editora record. 

A editora-executiva da Paz e Terra, Livia Vianna faz uma observação muito importante sobre a reação do público que leva a pensar que é em função da perseguição da extrema-direita. Segundo ela, jovens leitores vêm sendo apresentados ao educador através de figuras populares da internet. Isso, é da maior importância, uma vez que essa população é classificada como semianalfabeta e que não tem interesse na leitura. Fica provado que não é bem assim. Quando a proposta é bem apresentada, cria o interesse e cai na rede ganhando uma imensidão de novos leitores. 

Da infância em Recife à bem-sucedida aplicação de seus métodos de alfabetização em Angicos, no Rio Grande do Norte, do exilio em primeiro lugar no Chile, depois na Suíça, no conselho Mundial de igrejas, e a viajar o mundo pregando a palavra Educação Libertadora. Lançou livro “Pedagogia do Oprimido” onde critica a “educação bancária” caracterizada por professor, dono de todo o saber, que deposita conhecimentos em um aluno-cofre. Segundo o seu biografo a obra caiu como uma luva no contesto da guerra fria. 

Paulo Freire em São Paulo 

Na gestao de Luiza Erundina, Paulo Freire aprovou o Estatuto do Magistério” importante não só aos docentes como a todos os profissionais da educação, como avalia a chefe de gabinete da deputada Luiza Erundina, Muna Zeyn, que trabalhou com o educador na gestão paulistana. “Para ele, todos estavam em processo de educação, do bedel à faxineira, passando pelo professor” Influencia também na construção de organizações e movimentos de massa, caso do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para militante do setor de Educação do Movimento Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de Pernambuco, Rubneuza Leandro de Souza, a Combinação entre necessidade e conscientização foi vital para a organização do movimento. 

Paulo Freire, jamais será esquecido, menos agora que os internautas o descobriram. Que seja sempre assim, memória viva. E Viva a memória de Paulo Freire!