Sindicato do Acre se reúne com a PM para pôr fim a casos de violência


Por Igor Waltz*

30/04/2014


Reunião entre sindicato e Comando da PM discutiu os casos de violência policial contra profissionais de imprensa (Crédito: Sinjac)

Reunião entre sindicato e Comando da PM discutiu os casos de violência policial contra profissionais de imprensa
(Crédito: Sinjac)

Na tarde da última segunda-feira, 28 de abril, representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Acre (Sinjac) participaram de uma reunião com o comandante da Policia Militar para discutir os recentes episódios de violência e intimidações contra profissionais de imprensa no Estado. De acordo com os dirigentes do sindicato, se em 15 dias não houver mudança na conduta dos agentes, os jornalistas interromperão a cobertura da ação policial e divulgarão apenas casos de crimes não solucionados.

Um dos episódios de maior destaque aconteceu no dia 11 de abril, quando o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre, Adriano Marques, invadiu a emissora TV Gazeta, afiliada da Rede Record, para exigir direito de resposta a uma reportagem. De acordo com testemunhas, Marques estaria armado e agrediu verbalmente o produtor e repórter esportivo, Jardel Angelim.

Em outra ocasião, policiais que foram detidos ameaçaram jornalistas que cobriam o assunto. “Entendemos que esses episódios não representam uma tendência geral dos comandos. Acreditamos que essas ações são promovidas por policiais despreparados. Não queremos nenhum tipo de enfrentamento com a PM do Acre, pois somos parceiros”, disse o presidente do Sinjac, Victor Augusto de Farias.

O comandante da PM no Acre, Coronel José Anastácio, pediu que o sindicato encaminhasse um relatório com todos os relatos de abuso contra jornalistas. O militar anunciou que no próximo dia 5 de maio terá início uma série de reuniões com os comandos para apurar as denúncias.

“Vamos investigar e tomar as medidas cabíveis em relação aos policiais envolvidos. Após a entrega do documento do sindicato, estabeleceremos um prazo para apurar as denúncias” afirmou.

O Sinjac está promovendo um curso com os seus associados para sobre os procedimentos em relação coberturas de polícia.

*Com informações do Sinjac.