Por Edir Lima
20/07/2016
Insatisfeitos com algumas medidas não atendidas pela empresa, cerca de 50 profissionais do Diário de S.Paulo, que tem sede na capital paulista, decidiram, nessa terça-feira (19), entrar em Estado de Greve, na capital paulista. A decisão foi tomada depois de uma assembleia feita pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP).
Segundo a entidade, os profissionais tomaram essa medida por conta do não pagamento de 50% dos salários de junho, além da não entrega do vale-refeição desde março e irregularidades na declaração do Imposto de Renda de 2016. O clima é de total insatisfação e a mobilização acontece para pressionar o jornal a cumprir inclusive com o que determina a legislação.
O Sindicato acrescenta que os direitos dos jornalistas vêm sendo sonegados há mais tempo, como os constantes atrasos nos pagamentos salariais desde outubro de 2015; o atraso no depósito do FGTS desde setembro de 2014; o não pagamento de horas extras; a ausência de repasse do IRPF retido na fonte à Receita Federal e o rompimento unilateral do plano de saúde, além do não pagamento de verbas rescisórias aos demitidos.
O jornal tem até 48 horas para atender às reivindicações dos trabalhadores. Nova assembleia acontece na próxima sexta-feira (22), às 12h, na capital paulista. Caso o Diário de São Paulo não cumpra com suas obrigações legais até lá, a única saída para os jornalistas é decidir pela greve.
Depois da assembleia, o presidente do Sindicato, Paulo Zocchi, protocolou a notificação de aviso do Estado de Greve junto ao RH.
“Eles tem total legitimidade para entrar em Estado de Greve, pois o atraso de salário garante esse direito aos profissionais. O Sindicato está dando todo apoio jurídico e está à disposição para negociar com o jornal e resolver a situação desses trabalhadores que deram um exemplo de mobilização e luta por seus direitos”, afirmou.