Paulo Portela, nesta terça, 16, no Cine Macunaíma


16/02/2021


PAULO DA PORTELA NO CINE MACUNAÍMA

O Cineclube Macunaíma exibe hoje, a partir das 18 hs, o documentário Paulo da Portela:o teunome caiu no esquecimento (55 m – 2002) de Demerval Neto , no canal da ABI do YouTube. Em seguida, haverá um debate, às 19hs , com a participação do diretor do filme; do pesquisadores  Carlos Monte e Marília Barbosa; do cineasta Silvio Tendler; e de Ricardo Cota, mediador. O diretor Demerval Netto é jornalista e fez diversos documentários com exibição em tevês e festivais. Nesse documentário há depoimentos de Paulinho da Viola, Monarco, Sérgio Cabral, José Ramos Tinhorão, Marília Barboza, Carlos Monte, Haroldo Costa e Luiz Carlos Magalhães (atual presidente da Portela),

Paulo da Portela ou  Paulo Benjamin de Oliveira (1901 – 1949) nasceu na Saúde e viveu muitos anos na Praça Onze até se mudar para Oswaldo Cruz, na década de 1920. Pobre, no subúrbio conheceu animadas rodas de pagode, assim como Jongo e Caxambu, de tradição banto e levou para a nova comunidade a organização dos baianos do berço do samba. A história dele se confunde com o surgimento do samba no Rio de Janeiro. Foi uma figura importante que contribuiu para o ritmo como era cultivado nos morros e na Praça Onze.

Muito elegante,  Paulo fundou, em 1926, a Escola de Samba de Oswaldo Cruz, o embrião da Portela que assumiu esse nome, em 1935. Seus sambas foram gravados  por grandes nomes do rádio como Mário Reis, Carlos Galhardo e Heitor dos Prazeres. Em 1941, dividiu com Cartola, seu grande amigo, o programa A voz do morro, só com sambas inéditos. Nesse mesmo ano se afastou da agremiação por desentendimentos com a diretoria em pleno desfile. Pregador da cultura negra,  participou de vários comícios do Partido Comunista, mas saiu derrotado, em 1945,  como candidato à Câmara Municipal pelo PTN. Morreu a 31 de janeiro de 1949, vítima de um ataque cardíaco. Seu enterro foi acompanhado por cerca de 10 mil pessoas.