Os livros são mais importantes que armas no combate a violência


15/04/2023


Por Isa Colli, jornalista, escritora e associada da ABI

Os armamentistas podem até acreditar que as armas resolvem conflitos por diversas razões. Em primeiro lugar, pode haver a ideia de que a posse de armas confere uma sensação de segurança e proteção pessoal, e que, portanto, elas podem ser úteis para se defender contra a violência ou ameaças.

Além disso, pode haver a crença de que o poder bélico de um país ou grupo é um elemento dissuasório contra possíveis agressores. A ideia é que, ao possuir um arsenal militar poderoso, um país ou grupo pode intimidar seus adversários e, assim, evitar ações hostis contra si.

No entanto, é importante lembrar que a ideia de que as armas resolvem conflitos é falaciosa e perigosa. Na prática, as armas podem levar a mais violência e instabilidade, tornando os conflitos ainda mais difíceis de serem resolvidos. Além disso, a posse de armas pode gerar acidentes, uso indevido e tráfico ilegal, o que pode aumentar a criminalidade e a insegurança pública.

Já os livros são importantes no combate à violência por diversas razões. Em primeiro lugar, a leitura é uma atividade que pode ajudar as pessoas a desenvolver empatia e compaixão, além de promover a compreensão mútua e a tolerância. Quando lemos livros, podemos entrar em contato com diferentes realidades, histórias de vida e perspectivas, o que pode ampliar nossa visão de mundo e tornar-nos mais sensíveis às questões sociais, incluindo a violência.

Além disso, a leitura também pode contribuir para a educação e o aprendizado, fornecendo informações e conhecimentos que podem ajudar as pessoas a entender melhor a violência, suas causas e consequências, e as formas de combatê-la. Os livros podem oferecer uma visão crítica e reflexiva sobre a sociedade e as relações humanas, e podem inspirar os leitores a buscar soluções pacíficas para os problemas.

Por fim, os livros também podem servir como uma forma de escapismo para pessoas que sofrem com a violência. Através da leitura, elas podem encontrar conforto, alívio e esperança, além de ter a oportunidade de se distrair e relaxar por um momento.

Em resumo, os livros são importantes no combate à violência por sua capacidade de promover a empatia, o aprendizado e a reflexão crítica.

Vale lembrar que existem ainda outras formas de resolver conflitos e garantir a segurança e a proteção pessoal, sem recorrer às armas. Estou convencida de que a promoção da educação, da justiça social e do diálogo pode ser um caminho mais eficaz e sustentável para a construção de sociedades mais pacíficas e justas.