Jornalista atacada no Egito recebe alta nos EUA


16/02/2011


A jornalista sul-africana Lara Logan, 39 anos, correspondente da TV norte-americana CBS, que foi vítima de violência sexual durante a cobertura dos protestos no Egito, deverá deixar, nesta quarta-feira, 16, o hospital onde está internada em Nova York. De acordo com o site Daily Beast, “a repórter passa bem, apesar do trauma”.
 
Mãe de dois filhos pequenos, Lara Logan já cobriu as guerras do Iraque e do Afeganistão. Ela estava no Egito ao lado do marido Joseph Burkett, que é também seu produtor.
 
Segundo o Daily Beast, a jornalista deixou o Egito antes de ser atacada, mas retornou ao país para entrevistar o executivo do Google Wael Ghonim, um dos líderes do movimento que derrubou o ex-ditador Mubarak.
 
A CBS informou nesta terça-feira, 15, que Lara foi atacada na última sexta-feira, 11, na Praça Tahir, e não chegou a ser estuprada, mas sofreu espancamento e agressão sexual, tendo sido salva por mulheres e soldados egípcios.
 
Uma semana antes do ataque, a jornalista foi presa, interrogada, vendada e algemada no Egito, conforme seu relato à revista norte-americana Esquire.
 
Demissão
 
O jornalista Nir Rosen, veterano em cobertura de guerras, teve o pedido de demissão aceito pela Universidade de Nova York (NYU), da qual é colaborador no Centro de Lei e Segurança da instituição acadêmica. Rosen postou no Twitter uma série de comentários irônicos em relação à agressão sexual contra Lara Logan no Egito.
 
O jornalista chegou a insinuar que o objetivo de Lara Logan em divulgar uma suposta agressão sexual era unicamente superar o concorrente Anderson Cooper, da CNN, que foi violentamente atacado no Egito. Rosen acrescentou ainda que se sentia “entediado” com toda a atenção que Lara Logan receberia em torno do suposto ataque.
 
Diante dos inúmeros protestos contra o teor de seus comentários, Rosen decidiu apagar as mensagens, lamentou que o Twitter “não é exatamente privado”, e afirmou que não tinha “a intenção de magoar ninguém.”
 
A diretora do Centro de Lei e Segurança da NYU, Karen Greenberg revelou em carta aberta que “conhece a personalidade provocativa de Rosen”, que ele “foi cruel e insensível”, e que “a situação é completamente inaceitável”.
 
*Com informações do Daily News, O Globo e Comunique-se.
 
 
 
 
 
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