Homenagem às +Admiradas Jornalistas Brasileiras


08/03/2016


 Eliane Brum, colunista do El País, foi amais votada do As +Admiradas Jornalistas Brasileiras


Eliane Brum, colunista do El País, foi amais votada do As +Admiradas Jornalistas Brasileiras

No Dia Internacional da Mulher, o site Jornalistas&Cia fez uma homenagem às mulheres jornalistas, publicando As +Admiradas Jornalistas Brasileiras. O levantamento foi feito no final de 2015, em parceria com a Maxpress. Nesse dia especial, as eleitas são representantes de uma profissão majoritariamente feminina e desafiadora.

Admiradas, corajosas e talentosas – Salve a mulher jornalista!

Às +Admiradas Jornalistas Brasileiras, que representam todas as mulheres dessa cada vez mais desafiadora e apaixonante atividade, Jornalistas&Cia rende sua homenagem, conclamando todas a que continuem a exercer com dignidade, isenção e coragem a arte de bem informar.

1) Eliane Brum – 8.435 pontos
Colunista de El País, é autora dos livros Coluna Prestes: O avesso da lenda, A vida que ninguém vê, O olho da rua – Uma repórter em busca da literatura da vida real, Uma Duas e A menina quebrada. É a segunda jornalista brasileira mais premiada da história.

“Ser jornalista hoje é também ser protagonista de uma construção: a de como financiar a reportagem num momento de crise do modelo de negócios da imprensa. E a de como financiar a reportagem sem que esse financiamento comprometa algo que é crucial para a credibilidade da reportagem: a independência e a transparência.

Sem reportagem não há jornalismo. E a primeira a sofrer com a crise da imprensa é justamente a reportagem, que exige tempo, recursos e dedicação para ser feita de forma responsável. Neste momento, a crise política e econômica do País coincide com a crise da imprensa. Essa coincidência tem implicações graves, porque uma democracia precisa de uma imprensa forte, responsável e independente. E uma imprensa só é forte, responsável e independente se é capaz de contar o cotidiano do país com reportagem de qualidade.

Estamos todos implicados na construção de caminhos que assegurem que o País seja contado e documentado cotidianamente com profundidade, honestidade e respeito à inteligência do leitor, recuperando assim a credibilidade da imprensa como uma narradora do seu tempo, credibilidade hoje bastante questionada por setores mais jovens e mais politizados da população.
Outro ponto que vale destacar é que estamos em 2016 e o racismo ainda é uma ferida histórica que atinge e atravessa todos os campos da sociedade brasileira. A abolição da escravatura ainda não foi completada por aqui. Isso também se reflete nas redações da imprensa. As redações em que trabalhei eram majoritariamente brancas, o que diz muito. Em algumas delas passei anos sem ter sequer um único colega negro. É fundamental, urgente, ampliar o espaço para os negros nas redações do Brasil, sejam elas tradicionais ou alternativas. Racismo se combate (também) com espaço, com a ocupação de postos, com a divisão do poder.

Para não dizer que não há nada a comemorar neste 8 de março, Dia da Mulher, vale a pena lembrar que hoje algumas das principais agências de reportagem do País são iniciativas de mulheres jornalistas, como a Pública e a Amazônia Real. Temos ainda propostas como a revista digital AzMina, voltada para o combate da desigualdade de gênero pelo caminho do jornalismo. Algo está claramente se movendo neste campo.”

2) Miriam Leitão – 6.690 pontos
Com quase 30 prêmios de jornalismo ao longo da carreira, sagrou-se em 2015 a +Premiada Jornalista da História, segundo levantamento do Ranking J&Cia. Especializada em Economia e Negócios, está no Grupo Globo desde 1991, onde é colunista e comentarista de O Globo, CBN, Globo News e TV Globo.

3) Sandra Annenberg – 6.295 pontos
Iniciou a carreira aos 14 anos, como repórter de um programa infantil na TV Gazeta, e passou por Cultura, Bandeirantes e Record. Sua primeira aparição na TV Globo foi em 1988, como atriz, mas desde 1991 passou a dedicar sua carreira exclusivamente ao jornalismo. Em 2014 estreou na apresentação do programa Como será?, jornalístico semanal que vai ao ar nas manhãs de sábado.

4) Renata Lo Prete – 4.545 pontos
Apresentadora e comentarista da Globo News, está no comando do Jornal das Dez e integra o “time das oito” do Jornal da CBN. Foi editora da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, passou por diversos cargos no veículo, como ombudsman, correspondente em Nova York, editora dos cadernos de Cultura, Internacional e da Primeira Página.

5) Sônia Bridi – 3.955 pontos
Envolvida com o jornalismo desde a adolescência, é uma das correspondentes internacionais mais conceituadas da TV Globo. Ao lado do marido e cinegrafista Paulo Zero, foi responsável pela implantação do escritório da Globo Internacional no Oriente. Desde 2012 está de volta ao Brasil, onde segue como repórter especial do Fantástico.

“Entre tantas outras coisas, adoro nessa profissão a neutralidade de gênero do nosso ofício: jornalista. Acho que nossas redações ainda estão longe dessa neutralidade, mas o ambiente de trabalho hoje é infinitamente melhor do que nos anos 1980, quando comecei. Nunca, nem no trabalho nem em nada mais, parei para pensar se isso é coisa de mulher ou de homem e se é adequado ou não eu me meter no assunto. Mas claro que encontrei sempre muita gente disposta a opinar sobre isso e tentar me convencer do contrário. Nossas redações não precisam de mais mulheres. Precisam criar as condições para que todas as mulheres possam desenvolver suas carreiras sem precisar sacrificar projetos de família ou deixar as famílias desassistidas de afeto e da presença das mães. E as redações precisam disso porque são como o resto da sociedade, precisam de toda a diversidade, porque o mundo é diverso e precisa de muitos olhares diferentes para ser visto como um todo. Precisamos uma boa mistura de gente jovem, gente madura e de gente muito madura. A maneira como eu – mulher, mãe e avó de meia idade – vejo o mundo, as nuances que trago para minhas reportagens, são diferentes das de minhas colegas mais jovens ou mais velhas, e dos meus colegas homens.

Escrevo isso pensando em duas coisas: nosso jornalismo ainda é esmagadoramente branco e de olhos claros. Precisamos de mecanismos para atrair mais negros e asiáticos e gente de toda cor para a profissão. Criar estratégias no ensino e no recrutamento, cultivar talentos; feliz o dia em que abolirmos o 8 de março porque isso tudo foi superado.”

6) Zileide Silva – 3.820 pontos
Repórter especial de política do Jornal Nacional, onde participou em 2002 da cobertura da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, foi correspondente da TV Globo em Nova York e apresentadora de telejornais como Bom Dia Brasil e Jornal Hoje. Passou anteriormente pelas tevês Cultura, SBT e Record, e pela rádio Bandeirantes.

7) Eliane Cantanhêde – 3.745 pontos
Formada pela UnB, é comentarista de Política da Globo News e colunista do Estadão. Começou ainda estudante no Jornal do Brasil. Passou também por Veja, Folha de S.Paulo, além de ter sido diretora da sucursal brasiliense de O Globo e Gazeta Mercantil.

“Nesses nossos dias de tão pesadas e variadas crises, o maior desafio de um, ou uma, jornalista na capital da República é ter uma visão de conjunto, entender a economia, acompanhar a política, juntar as peças da Lava Jato e seguir o rastro do vírus zika sem arrancar os cabelos nem jogar a toalha. É manter o sangue frio, não entrar no Fla-Flu nacional e pensar que tudo isso é uma catarse – mais uma catarse – e melhores tempos virão. Amém!”

8) Mônica Bergamo – 3.450 pontos
Apresentadora do GNT e colunista da Folha de S.Paulo e da Rádio e TV BandNews, onde também apresenta o programa Ponto a Ponto, teve passagens por veículos como as revistas Veja, Veja São Paulo e Playboy, e foi chefe da sucursal de Brasília da TV Bandeirantes.

9) Adriana Araújo – 3.155 pontos
Mineira de Itabirito, é âncora do Jornal da Record desde 2013. Formada em Jornalismo pela PUC de Minas, começou como repórter de Economia do Diário do Comércio em Belo Horizonte. Também passou pela TV Globo em BH e Brasília.

10) Adriana Carranca – 3.135 pontos
É repórter especial e colunista do Estadão, além de escrever coluna em O Globo. Mestre em Políticas Sociais pela London School of Economics, tem especial interesse pelo Oriente Médio, região sobre a qual escreveu os livros Irã sob o Chador – em coautoria com Márcia Camargos –, O Afeganistão depois do Talibã, além do infantil Malala – A menina que queria ir para a escola. Venceu em 2013 o Grande Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo, com a coletânea da Guerra no Afeganistão.

11) Dorrit Harazim – 2.685 pontos
Croata, é uma das fundadoras da revista piauí, soma mais de 45 anos de profissão. É articulista de O Globo, jornal em que está desde 2005. Também se dedica à produção de documentários, entre eles A família Braz, Passageiros e Dois tempos. Foi agraciada em 2015 com o Prêmio Gabriel Garcia Marquez de Jornalismo, por sua excelência profissional.

12) Cristiana Lôbo – 2.675 pontos
Natural de Goiânia, formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Goiás. É colunista Política do G1 e repórter da Globo News, onde se reveza na apresentação do programa Fatos&Versões. Começou no jornalismo como estagiária da Folha de Goiás, em 1978.

13) Renata Vasconcellos – 2.660 pontos
Começou no jornalismo em 1996 na Globo News, onde foi apresentadora do Em cima da hora (atual Jornal Globo News). No ano seguinte fez sua primeira aparição na TV Globo, como apresentadora suplente do Jornal Hoje, e por 11 anos comandou o Bom Dia Brasil. Desde novembro de 2014 apresenta o Jornal Nacional, ao lado de William Bonner.

14) Ana Paula Padrão – 2.640 pontos
À frente da Touareg Conteúdo e do portal Tempo de Mulher, é uma entusiasta e estudiosa do empoderamento feminino. Esteve por cinco anos na bancada do Jornal da Globo, quatro na do Jornal da Record e outros três no SBT. Contratada da Band, apresentou as versões adulta e infantil do Masterchef.

14) Rachel Sheherazade – 2.640 pontos
Formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba, onde começou a carreira atuando pela TV Correio. Após passagens pelas tevês Cabo Branco e Tambaú, em março de 2011 foi convidada para mudar-se para São Paulo e comandar o SBT Brasil.

15) Dora Kramer – 2.590 pontos
Colunista de Política do Estadão e da BandNews FM, formou-se pela Cásper Líbero, em 1977. Ainda estudante, começou no Diário Popular. Também passou por Agência Folha e Jornal do Brasil.

16) Maria Julia Coutinho – 2.240 pontos
Formada em Jornalismo pela Cásper Líbero, começou a carreira como estagiária na TV Cultura de São Paulo, mas foi na Rede Globo onde ganhou notoriedade. Começou na emissora como repórter e mais tarde assumiu o posto de “garota do tempo” nos telejornais locais da casa. Em 2015 passou a apresentar a previsão do tempo no Jornal Nacional, onde permanece.

17) Ana Paula Araújo – 2.170 pontos
É apresentadora do Bom Dia Brasil, da TV Globo. Começou a carreira no rádio, em Juiz de Fora (MG), onde residia com a família. Conseguiu estágio na Rádio Globo, o que a fez transferir os estudos da UFJF para a UFF, em Niterói, onde se formou. Passou ainda por TV Rio, Manchete e TV Serra Mar até chegar à TV Globo, em 1995.
“Acredito que um dos grandes desafios do jornalista hoje é manter a serenidade e o foco na informação em meio a polarização – por vezes agressiva – que toma conta do País. É um momento delicado da nossa história.”

18) Bárbara Gancia – 2.065 pontos
Com mais de 30 anos de carreira, é colunista da BandNews FM e uma das apresentadoras do popular Saia Justa, exibido pelo GNT. Passou por Estadão, Folha de S.Paulo, Bandsports, O Pasquim, Vogue, Around, Status e Elle.

“Nestes tempos de radicalização e de opiniões no atacado, torna-se duplamente importante o acesso à informação confiável.
Pode parecer detalhe, mas considerei um alívio a história sobre um golaço jornalístico, Spotlight, ter conquistado o Oscar de melhor filme do ano.

Isso parece indicar uma mudança de percurso na percepção – tão crescente quanto perigosa – de que a internet e a TV paga tornaram o jornalista obsoleto.

Não é o que nós sabemos, mas se trata de uma ilusão capaz de demolir uma instituição tão cara quanto a democracia.

O leitor, telespectador, ouvinte ou internauta pode imaginar que não precisa mais do jornalismo, mesmo que cerca de 70% das informações que consome nas redes tenham sido produzidas por profissionais da imprensa.

Nosso cliente pode acreditar piamente que somos paus mandados ou que trabalhamos teleguiados pela agenda ‘do patrão’.
Isso não irá alterar a premissa básica de que a informação de qualidade tem a função de fiscalizar o governo e as grandes corporações.

E também não irá interferir no fato de que a informação de qualidade tem custo para ser produzida.

Não podemos deixar que as empresas de comunicação continuem a promover demissões a cada tantos meses e que mantenham sem plano de carreira seus profissionais mais qualificados.

Essa é a maior ameaça contra o jornalismo. A ideia de que o nosso trabalho pode ser feito pelo pessoal que migra das áreas de relações públicas ou marketing, que seja possível prescindir do jornalista.

Se credibilidade e prestígio andam de mãos dadas e se é da falta deles que padecemos, o que deveria estar ocorrendo é justamente o oposto. Deveríamos estar preocupados em investir na formação e nos salários de profissionais cada vez mais independentes e completos. Que saibam se expressar, apurar, editar e que conheçam o mundo. Mas que tenham, sobretudo, noção do importante papel que ocupam na sociedade.”

19) Cleide Silva – 1.970 pontos
Repórter de Economia & Negócios do Estadão, é especializada em indústria automotiva há mais de vinte anos. Escreve o blog Indústria Automobilítica no Estadão.com. Teve passagens por Agência Estado, Diário do Grande ABC e Diário do Povo, de Campinas (SP).

“Vim de uma família em que sou a única que cursou universidade. Quando, aos 18 anos, contei ao meu pai que iria fazer Jornalismo, ouvi: ‘Para quê? Para depois ficar na pia lavando louça?’ Na primeira vez que ele viu meu nome no jornal, passou a se orgulhar da filha jornalista. Quando, inesperadamente, fui transferida para a cobertura da indústria automobilística, sem ao menos saber dirigir um carro, tive pavor de enterrar ali minha carreira. Passaram 18 anos e aqui estou. Nesse tempo todo, uma única vez passei por situação constrangedora. Um executivo se irritou em uma entrevista, por telefone, e soltou algo como ‘a melhor posição de uma mulher é esticada na cama’. Tive de entrevistá-lo outras vezes, e o fiz sem problemas. Entendi que ele era um desclassificado. Desafios a gente enfrenta todos os dias, seja para publicar o resultado de vendas de veículos ou uma reportagem especial. As mudanças que o jornalismo impresso passa nos obrigam a uma reciclagem constante e a intensificar a busca por histórias que vão além do relatório. É com esse desafio que vou todos os dias para a redação.

20) Marília Gabriela – 1.965 pontos
Reconhecida como uma das grandes entrevistadoras da televisão brasileira – já fez mais de três mil delas –, tornou-se referência com o seu formato de programa. Além de jornalista, é atriz e cantora.

21) Sandra Passarinho – 1.950 pontos
Primeira correspondente da TV Globo na Europa, é uma das mais respeitadas e experientes repórteres da casa. Foi editora-chefe do programa Espaço Aberto, da Globo News, em 2014 recebeu o Prêmio Especial por relevantes serviços prestados às causas da Democracia, Paz, Justiça e contra a Guerra, entregue pela Comissão Organizadora do Prêmio Vladimir Herzog.

“Creio que as jornalistas têm sempre o que comemorar no Dia Internacional da Mulher. A cada ano, somos mais presentes nas redações, nas empresas de comunicação corporativa, nos blogs. Porém, não somos todas remuneradas à altura do que fazemos, em comparação com os profissionais masculinos que ocupam os mesmos cargos. Como na maioria das outras áreas de trabalho, homens ainda ganham salários mais altos que os das mulheres, na média. Este é um desafio permanente.

E hoje em dia temos um outro grande desafio, o de superar o temor da extinção da profissão de jornalista, que estaria ameaçada pelo crescimento da internet, segundo especialistas, e palpiteiros também. O que me parece é que estamos ainda aprendendo a lidar com o novo mundo da informação digital e quebrando a cara, nesse percurso. Também estamos testando formas de ganhar dinheiro e de medir audiência nesse terreno nebuloso.

Há excesso de informação na internet, e com frequência é preciso distinguir o joio do trigo. Ai é que entra o jornalista. Ele tem obrigação de apurar e divulgar corretamente fatos que são do interesse da sociedade. Afinal, qualquer pessoa diz o que bem entende via internet, principalmente quando encoberta pelo anonimato. Viva o território livre da rede!! Mas jornalismo é outra historia. Acredito que vamos continuar a ser necessários como provedores de conteúdo e contadores de história – essa é a essência da nossa profissão – por isso, estamos nadando e não vamos morrer na praia!”

22) Christiane Pelajo – 1.690 pontos
Apresentadora da edição das 16h do Jornal Globo News, esteve por dez anos à frente do Jornal da Globo. Graduada pela PUC do Rio, começou na própria Globo News, no ano de estreia da emissora, 1996.

22) Daniela Pinheiro – 1.690 pontos
Repórter especial da piauí, é graduada em Jornalismo pela UnB. Esteve por mais de dez anos na redação de Veja. Venceu três edições do Troféu Mulher Imprensa e duas do Prêmio Comunique-se. Passou também por Época e Folha de S.Paulo.

23) Neide Duarte – 1.580 pontos
Repórter especial da TV Globo, ganhou diversos prêmios e destaca-se por saber contar a história de pessoas comuns que ajudam a transformar a vida de comunidades. Começou a carreira no início da década de 1970 e passou por Diário Popular, Jornal da Semana, TV Tupi, Folha de S.Paulo e O Globo, até ser convidada a ingressar na Rede Globo em 1980.

“O desafio de ser jornalista hoje é o mesmo de sempre: ter o compromisso com a verdade e principalmente o compromisso com quem vai nos ler ou ouvir. Respeitar a confiança que o leitor e o telespectador depositam nas nossas palavras e no nosso olhar.”

24) Cida Damasco – 1.515 pontos
Editora-chefe do Estadão, onde é responsável pela fusão das plataformas impressa e digital, está no jornal desde 2001. Começou como copydesk do Notícias Populares, em 1970. Também passou por Zero Hora, DCI, Exame e Gazeta Mercantil.

25) Monalisa Perrone – 1.500 pontos
Âncora do jornal Hora 1, da TV Globo, foi repórter e apresentadora dos telejornais SPTV, Bom Dia São Paulo e Bom Dia Brasil. Antes atuou por Rádio Jovem Pan e Rádio e TV Bandeirantes.

26) Adriana Mattos – 1.425 pontos
Repórter de Economia do Valor Econômico desde 2010, começou no jornalismo econômico em 1995, atuando na sucursal paulista do Jornal do Brasil. Também passou por Gazeta Mercantil, Folha de S.Paulo e IstoÉ Dinheiro.

“No momento em que o jornalismo enfrenta uma fase de mudanças, tentando achar um novo caminho na era digital, uma das principais dificuldades do jornalista é a necessidade de adaptação. Acho que estão todos tentando entender como ajustar seu trabalho a um momento em que é preciso ser mais ágil, mais rápido, sem abrir mão da responsabilidade e do equilíbrio. Ainda se soma a esse cenário o encolhimento das redações, com maioria feminina, o que só aumenta o desafio para se manter a qualidade do trabalho.”

27) Cláudia Safatle – 1.400 pontos
Goiana de Catalão, é diretora da sucursal de Brasília e colunista de Política do Valor Econômico. Graduada em Jornalismo pela UnB, começou a trabalhar em 1976, como estagiária da Gazeta Mercantil. Também passou por Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil e pela assessoria do Banco Central.

“Diante das profundas transformações da imprensa, seja pelo modelo de negócios ou concorrência da internet, o maior desafio é manter o bom jornalismo. Ter veículos, não necessariamente impressos – cuja morte já foi decretada –, que informem e analisem os fatos com o maior rigor possível. O jornalismo não vai morrer, mas a forma de levar a informação para o leitor está em ebulição. O difícil, hoje, é conseguir separar o que é verídico do que é lixo.”

28) Giovana Girardi – 1.385 pontos
Especializada em ciência e meio-ambiente, foi editora-assistente da Scientific American Brazil, diretora de Redação da revista Unesp Ciência e repórter de ambiente e ciência na Folha de S.Paulo e no Estadão, onde permanece até hoje.

29) Patrícia Campos Mello – 1.375 pontos
Repórter especial da Folha de S.Paulo, é especializada em política e economia internacional. Foi correspondente do Estadão em Washington durante quatro anos e cobriu os atentados de 11/9 em Nova York. É autora dos livros O mundo tem medo da China (Mostarda, 2005) e Índia – Da miséria à potência (Planeta, 2008), e em 2001 venceu o New York Financial Writers Association Award.

“Além de sobrevivermos aos passaralhos e à crise no País, nós jornalistas mulheres precisamos nos provar todos os dias para combater vários estereótipos: de que não podemos cobrir conflitos, de que não gostamos de assuntos mais sérios, de que somos muito ‘boazinhas’ para sermos chefes. E nós precisamos sobreviver à dupla jornada e lidar com a culpa de não estarmos tão presentes com nossos filhos como gostaríamos. É um desafio de qualquer profissão, mas o jornalismo, como outras áreas em que há muita pressão e horários malucos, é especialmente difícil.”

30) Fátima Bernardes – 1.350 pontos
Apresentadora do Encontro, na TV Globo, migrou para o núcleo de Entretenimento da emissora após 14 anos no Jornal Nacional. Antes de entrar como estagiária da tevê, em 1986, foi por dois anos repórter de O Globo.

31) Cynara Menezes – 1.300 pontos
Baiana de Ipiaú, é editora do blog Socialista Morena, no qual se descreve como “uma esquerdista empedernida, mas está mais para Amelie Poulain do que para Rosa de Luxemburgo”. Graduada pela UFBA, passou por CartaCapital, Folha de S.Paulo, Estadão, IstoÉ, Veja e VIP.

“O maior desafio de ser jornalista hoje é encontrar onde trabalhar; encontrando, ter os direitos trabalhistas garantidos em vez de ser mais um ‘pejotinha’; e poder escrever boas reportagens, alma do jornalismo. O leitor quer mais do que só denúncias, o jornalismo precisa de boas histórias ou não é jornalismo.”

31) Mônica Waldvogel – 1.300 pontos
Formada em Jornalismo pela ECA/USP, é apresentadora do programa de entrevistas Entre Aspas na Globo News e por muitos anos comandou o Saia Justa, no canal GNT. Ainda em televisão, atuou em algumas das principais emissoras do País, como SBT, Record e Globo.

32) Flávia Oliveira – 1.260 pontos
Formada em Jornalismo pela Universidade Federal Fluminense, especializou-se na cobertura de temas socioeconômicos, como pobreza, desenvolvimento humano e desigualdade social. Começou a carreira em 1992 como repórter do Jornal do Commercio/RJ, e em seguida foi trabalhar como repórter de Economia em O Globo, onde permanece até hoje e assina as colunas Negócios & Cia e Fora de foco.

33) Cláudia Rolli – 1.240 pontos
(claudia.rolli.cr@gmail.com)
Repórter de Economia da Folha de S.Paulo, começou na profissão em 1989, quando – ainda na faculdade – trabalhava como produtora para programas de rádio, em Política e área cultural. Venceu os prêmios Esso, Caesp e CNI.

“Em um momento de crise no impresso e de profundas transformações em todas as mídias, o desafio é buscar alternativas para continuar contando histórias. Após 21 anos consecutivos em redações de quatro diferentes jornais (do Notícias Populares à Folha de S.Paulo), experimento as possibilidades de um mundo sem crachá, com liberdade para buscar a notícia e manter a veia de repórter em movimento.”

33) Glória Maria – 1.240 pontos
Repórter, apresentadora, âncora e, após um período sabático, repórter especial, sempre na Rede Globo. Primeira mulher a cobrir uma guerra na tevê brasileira – a Guerra das Malvinas –, já percorreu o Brasil de ponta a ponta e visitou mais de 120 países. Suas reportagens vão de entrevistas com mandatários de nações a aventuras mais radicais.

34) Sônia Racy – 1.180 pontos
Começou a carreira com um estágio no caderno B do Jornal do Brasil, mas desde 1998 está no Estadão, onde conquistou prestígio e credibilidade com sua coluna Direto da Fonte, primeiramente no caderno de Economia e, depois, no Caderno 2.

35) Mônica Salgado – 1.170 pontos
Diretora de Redação da revista Glamour, coordena a geração de conteúdo multiplataforma, eventos e ações de cobranding da marca. Antes, passou por estágio em rádio, jornal, revista e assessoria de imprensa, e pela Vogue Brasil, onde foi editora e depois redatora-chefe.

“Ser jornalista, hoje, no ramo em que atuo, significa ser marketing, comercial, publicidade, RH… Pensar conteúdo multiplataforma de qualidade e também como monetizar esse conteúdo, já que o anúncio clássico, que por tantos anos nos sustentou, se mostra insuficiente. Precisa estar atento à notícia, porém também às oportunidades de negócio e novos rumos da comunicação, porque é um mercado efervescente, que se transforma tão rápido quanto surgem novos apps, youtubers, influencers etc. – novos meios de comunicação terão surgido antes mesmo de você terminar de ler este parágrafo. Ser jornalista/diretor de Redação é ser gestor de uma marca – o veículo para o qual trabalho. O desafio maior é se reinventar, se desdobrar, não deixar o bonde passar… E nunca deixar de se deslumbrar com todas essas mil possibilidades.”

36) Mara Luquet – 1.160 pontos
Com vários livros publicados e vencedora de dois prêmios BM&F Bovespa, além do Troféu Mulher Imprensa 2012, é comentarista da rádio CBN, do programa Em Pauta, da Globo News, e da TV Globo. Já escreveu sobre Economia em alguns dos principais jornais e revistas brasileiros.

37) Bianka Carvalho – 1.145 pontos
Pós-graduada em Direitos Humanos, é repórter, apresentadora e editora da Rede Globo Nordeste, no Recife. Em 2014 foi homenageada como Prêmio Tacaruna Mulher, por sua contribuição ao jornalismo.

38) Maria Beltrão – 1.105 pontos
Carioca, largou o curso de Economia, profissão do pai (o ex-ministro Hélio Beltrão, já falecido) para fazer Jornalismo. Está na Rede Globo desde 1996. Apresenta na Globo News o Estúdio i e participa de grandes coberturas do canal. Na TV Globo, é apresentadora eventual do Bom Dia Brasil e do RJ-TV.

39) Cristiane Segatto – 1.095 pontos
Especializada em Saúde, é repórter especial e colunista de Época. Acumula mais de dez prêmios por suas reportagens, entre eles o oferecido pela Associação Brasileira de Psiquiatria, o Ary Frauzino de Jornalismo e o Alexander Adler de Jornalismo.

“Perseguir a relevância é um dos maiores desafios. O esforço multimídia nos obriga a produzir mais (quantitativamente) e a manter presença nos diferentes meios (impresso, site, rádio, vídeo, redes sociais e o que mais aparecer). #tudoaomesmotempoagora. Corremos o risco de perder o foco e de produzir um jornalismo empobrecido. Ágil, mas sem conteúdo. É fundamental manter a capacidade de mirar na história certa (relevante e original) e o fôlego de apuração necessário para trazê-la à luz. Em suma, o maior desafio atual é o da sobrevivência do bom jornalismo.”

40) Ana Paula Pedrosa – 1.090 pontos
É subeditora e repórter de Economia do jornal O Tempo, de Belo Horizonte, veículo em que atua desde 2003. Entre os prêmios conquistados ao longo da carreira estão CNH, Allianz, MIS e Promotor de Justiça Chico Lins. Teve passagens por Lead Comunicação e Jornal do Comércio (MG).

41) Ângela Bittencourt – 1.055 pontos
Paulistana, formou-se em História pela PUC-SP e em Jornalismo pela ECA/USP. É repórter especial do Valor Econômico e edita o blog Casa das Caldeiras, hospedado no site do jornal. Passou por Agência Reuters e Gazeta Mercantil. Em Brasília, foi assessora de imprensa do Banco Central por dois anos.

42) Rosane Marchetti – 1.045 pontos
Completou no ano passado 30 anos na RBS TV, marca que lhe rendeu a Medalha de Cidadã de Porto Alegre. Desde 2010 é também repórter de rede da TV Globo, produzindo matérias para o Jornal Nacional e o Jornal Hoje, a partir do Rio Grande do Sul.

42) Tatiana Vasconcellos – 1.045 pontos
Âncora da BandNews FM, onde desde 2006 comanda o noticiário matutino da emissora, passou também pela CBN, onde criou o programa Noite Paulistana. Ganhou duas vezes os prêmios Mulher Imprensa e Comunique-se, todos na categoria Âncora de Rádio.

43) Alzira Rodrigues – 1.010 pontos
Especializada no setor automotivo, é editora-chefe da revista AutoData. Começou a carreira como repórter do semanário Gazeta de São Bernardo (SP), em maio de 1975. Atuou ainda em Diário do Grande ABC, TV Tupi (SP), Estadão, Folha de S.Paulo e Jornal da Tarde, entre outros.

“Nestes tempos de internet tem sido comum ouvir das mais diferentes pessoas, sejam elas da profissão ou não, que o jornalismo vai acabar. Eu, em particular, penso exatamente o contrário. Com tantas notícias circulando em redes sociais, muitas delas sem qualquer compromisso com a verdade, mais do que nunca a sociedade necessita de informações precisas, com qualidade, que venham sobretudo de fontes confiáveis. Ao jornalista cabe exatamente esse papel. O de garantir a credibilidade da notícia, com ética e profissionalismo.”

44) Daniela Chiaretti – 985 pontos
Especializada em Meio Ambiente, é repórter especial do Valor Econômico. Graduada em Jornalismo pela ECA-USP e pós-graduada em Sustentabilidade pela Fundação Dom Cabral, venceu, entre outros, os prêmios Jornalistas&Cia/HSBC Imprensa e Sustentabilidade, Esso – Informação Científica e Embrapa.

“Gosto do que faço, jornalismo é uma linda profissão.
Acho que um dos grandes desafios de ser jornalista, hoje, é manter o foco. Difícil, com informação de todos os tipos e por todos os lados.

Continuo tentando fazer como sempre fiz, mesmo se os meios são diferentes, o tempo é mais rápido, o espaço é menor, o leitor é outro. Ler antes de começar uma pauta, falar com muita gente, respeitar o entrevistado, observar onde se está. A notícia são os outros; então, é ser menos arrogante, menos autorreferente.

Escrever sobre ambiente e desenvolvimento é, para mim, um exercício diário de tentar traduzir desafios urgentes de um jeito que não seja chato, que não seja pregação. Pode ser uma história sobre um pinguim ou uma conferência da ONU. É o que aprendi lá atrás, com jornalistas que me ensinaram a apurar direito e a contar o que vi e ouvi com a maior leveza possível.”

44) Mariana Godoy – 985 pontos
Com carreira toda construída na televisão, foi repórter das tevês Gazeta, Manchete e SBT, até chegar à Rede Globo, em 1992. Em pouco tempo na emissora, assumiu a apresentação do extinto programa São Paulo Já, e no ano seguinte passou a comandar a bancada do Jornal Hoje. Deixou a Globo ao final de 2014 para comandar um programa de entrevistas na RedeTV.

ELIANE BRUM 8435 Sudeste SP
MIRIAM LEITÃO 6690 Sudeste RJ
SANDRA ANNENBERG 6295 Sudeste SP
RENATA LO PRETE 4545 Sudeste SP
SÔNIA BRIDI 3955 Sudeste SP
ZILEIDE SILVA 3820 Centro-Oeste DF
ELIANE CANTANHEDE 3745 Centro-Oeste DF
MÔNICA BERGAMO 3450 Sudeste SP
ADRIANA ARAÚJO 3155 Sudeste SP
ADRIANA CARRANCA 3135 Sudeste SP
DORRIT HARAZIM 2685 Sudeste RJ
CRISTIANA LOBO 2675 Centro-Oeste DF
RENATA VASCONCELLOS 2660 Sudeste RJ
ANA PAULA PADRÃO 2640 Sudeste SP
RACHEL SHEHERAZADE 2640 Sudeste SP
DORA KRAMER 2590 Centro-Oeste DF
MARIA JULIA COUTINHO 2240 Sudeste SP
ANA PAULA ARAÚJO 2170 Sudeste RJ
BÁRBARA GANCIA 2065 Sudeste SP
CLEIDE SILVA 1970 Sudeste SP
MARÍLIA GABRIELA 1965 Sudeste SP
SANDRA PASSARINHO 1950 Sudeste RJ
CHRISTIANE PELAJO 1690 Sudeste SP
DANIELA PINHEIRO 1690 Sudeste RJ
NEIDE DUARTE 1580 Sudeste SP
CIDA DAMASCO 1515 Sudeste SP
MONALISA PERRONE 1500 Sudeste SP
ADRIANA MATTOS 1425 Sudeste SP
CLÁUDIA SAFATLE 1400 Centro-Oeste DF
GIOVANA GIRARDI 1385 Sudeste SP
PATRÍCIA CAMPOS MELLO 1375 Sudeste SP
FÁTIMA BERNARDES 1350 Sudeste RJ
CYNARA MENEZES 1300 Sudeste SP
MÔNICA WALDVOGEL 1300 Sudeste SP
FLÁVIA OLIVEIRA 1260 Sudeste RJ
CLÁUDIA ROLLI 1240 Sudeste SP
GLÓRIA MARIA 1240 Sudeste RJ
SÔNIA RACY 1180 Sudeste SP
MÔNICA SALGADO 1170 Sudeste SP
MARA LUQUET 1160 Sudeste SP
BIANKA CARVALHO 1145 Nordeste PE
MARIA BELTRÃO 1105 Sudeste RJ
CRISTIANE SEGATTO 1095 Sudeste SP
ANA PAULA PEDROSA 1090 Sudeste MG
ANGELA BITTENCOURT 1055 Sudeste SP
ROSANE MARCHETTI 1045 Sul RS
TATIANA VASCONCELLOS 1045 Sudeste SP
ALZIRA RODRIGUES 1010 Sudeste SP
DANIELA CHIARETTI 985 Sudeste SP
MARIANA GODOY 985 Sudeste SP
ANA DUBEUX 925 Centro-Oeste DF