Por Cláudia Souza*
09/10/2015
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) divulgou documento chamando a atenção para a deterioração das condições de trabalho dos jornalistas na AL, para o crescimento da violência contra repórteres e para a ampliação da censura em grande parte da região, incluindo o Brasil.
O panorama sobre a situação dos jornalistas na América Latina foi apresentado no encerramento da 71ª Assembleia Geral da SIP, organização que reúne donos e editores de jornais da América Latina(AL), realizada entre os dias 2 e 6 de outubro, em Charleston, nos Estados Unidos. O estudo alerta para as mortes violentas no Brasil, no México e na Guatemala, para as agressões na Bolíva, na Argentina e na Venezuela, e para a concentração de veículos de comunicação nas mãos de grupos governamentais no Paraguai e na Nicarágua.
De acordo com números apresentados durante o encontro, entre os meses de março e setembro do ano corrente, a SIP registrou 11 assassinatos de jornalistas: Brasil (3), México (3), Guatemala (2), Colômbia (1), Honduras (1) e República Dominicana (1).
— É preocupante a violência sem fim contra a imprensa. Nesse ritmo, é possível que o número de mortes violentas de jornalistas em 2014, que chegou a 21, seja superado em 2015. Em vários países estão sendo registrados casos de agressão física, atentados e ameaças contra repórteres e veículos de comunicação, além da crescente repressão ao trabalho de correspondentes na cobertura de processos eleitorais na Guatemala e na Argentina, e de conflitos sociais no Brasil, no Peru e no Equador, sublinhou Carlos Jornet, membro da SIP, e diretor do jornal argentino “La Voz”, de Córdoba.
*Fonte: France Press