Carros de equipe de TV e jornal são atingidos por tiros e pedras em Criciúma (SC)


Por Igor Waltz*

02/03/2015


Carros de reportagem são atingidos por tiros e pedradas em Criciúma (Crédito: Ulisses Job /Diário Catarinense)

Carros de reportagem são atingidos por tiros e pedradas em Criciúma (Crédito: Ulisses Job /Diário Catarinense)

Um carro do jornal A Tribuna e outro da RBS TV foram alvos de tiros e pedras no último domingo, 1º de março, em Criciúma, e, Santa Catarina. Os jornalistas, que acompanhavam viaturas da Polícia Militar, faziam imagens no bairro de Boa Vista, onde havia ocorrido atentados cometidos pelo crime organizado na sexta, 27 de fevereiro.

O veículo da Tribuna foi alvejado com pelo menos três disparos. O carro da RBS TV, com uma repórter e um cinegrafista, além da repórter do Diário Catarinense, não foi atingido por tiros, mas ao sair do local foi acertado com um tijolo no parabrisa. Não houve feridos.

O fotógrafo freelancer do Diário Catarinense Ulisses Job acompanhava o comboio com a polícia e registrou algumas imagens. Após o ocorrido, a equipe da Tribuna registrou boletim de ocorrência.

A viatura da PM também foi alvejada por dois tiros — um na parte traseira e outro na lateral. As autoridades informaram que ninguém ficou ferido. Um jovem de 18 anos foi detido suspeito de ser o responsável pelo ataque. Ele tinha mandados de prisão abertos e foi encaminhado para a delegacia da cidade para prestar depoimento.

Na última quinta-feira, dia 26 de fevereiro, dois homens morreram em Boa Vista durante confronto com a PM. A ação teria motivado incêndios a veículos e ônibus. Um dos suspeitos mortos era foragido do Presídio de Criciúma. Ele estava em um veículo interceptado por policiais e tentou fugir com um comparsa. Durante confronto, a dupla foi baleada e não resistiu aos ferimentos.

Desde sexta-feira, dia 27, quatro ônibus foram incendiados, um caminhão de lixo foi roubado, para também ser ateado fogo, junto a veículos abandonados que formaram “barricadas” no bairro Boa Vista. No sábado, após carros da prefeitura e casas terem sido incendiados, a polícia prendeu quatro pessoas que seriam responsáveis pelos ataques.

Entre os presos está Leandro Marques de Castro, o Leandrinho, que já esteve associado em outros episódios causados pelo crime organizado.

A onda de crimes teria sido iniciada por conhecidos e familiares dos suspeitos mortos na quinta, informou Ulisses Gabriel, delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC), que investiga os crimes. Ele descartou a relação com alguma facção criminosa.

* Com informações da G1 e do Diário Catarinense.