Assassino do cartunista Glauco confessa crime


15/03/2010


O delegado Alberto de Freitas Iegas, da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, informou nesta segunda-feira, 15, que o estudante universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, acusado da morte do cartunista Glauco e do filho dele, Raoni, na madrugada da última sexta-feira, 12, em Osasco-SP, foi autuado em flagrante pelos crimes de tentativa de homicídio, receptação de veículo roubado e porte ilegal de arma de fogo. De acordo com o delegado, caso seja condenado apenas pelos crimes na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, ele pode pegar pena de até 30 anos de prisão.

Cadu, como é conhecido, foi preso na noite de domingo, 14, tentando cruzar a Ponte da Amizade, em Foz de Iguaçu, em direção ao Paraguai. Na tentativa de fuga, ele atirou contra um policial federal que pediu para que ele encostasse o carro em uma abordagem de rotina.

Em depoimento na PF, Cadu confessou ter matado Glauco e o filho. A arma usada no crime foi apreendida. 

O inquérito que trata da prisão de Cadu deverá tramitar na 2ª Vara Criminal Federal de Foz do Iguaçu. Ele vai responder a inquérito da Polícia Civil de São Paulo que investiga a morte do cartunista e de seu filho. Cadu também teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça paulista.

O estudante Felipe de Oliveira Iasi, de 23 anos, também será indiciado. Felipe dirigiu o Gol preto que levou Carlos Eduardo até o local do crime. Ele disse que foi ameaçado por Cadu e obrigado a ir até a casa de Glauco. Testemunhas desmentiram essa versão em depoimentos dados nesta segunda-feira, 15, incluindo Beatriz Galvão.

Em entrevista ao “Fantástico”, Beatriz contou que, durante a discussão, pediu ajuda a Felipe Iasi, que assistia a tudo de olhos arregalados, e que ele nada fez. Disse também que, depois do crime, Cadu saiu no carro com o amigo.