ABI e IPEAFRO firmam acordo no dia do aniversário de Abdias Nascimento


15/03/2024


Por Marielli Patrocínio, da Diretoria de Igualdade Étnico-Racial da ABI.

No dia do aniversário de 110 anos de Abdias Nascimento, na última quinta-feira (14/03), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO) firmaram Termo de Cooperação não Onerosa para realização de uma série de ações intitulada “Abdias Nascimento, Essencialmente Jornalista”.

O Acordo foi assinado pelo presidente da ABI Octávio Costa, a presidente do IPEAFRO Elisa Larkin Nascimento, o presidente do Conselho Deliberativo da ABI, Marcos Gomes e o diretor de Igualdade Étnico-Racial da ABI, Luiz Paulo Lima e pelos colaboradores do IPEAFRO, o jornalista Júlio Menezes Silva e a artista plástica Dayse Gomes.

Considerando a relevância do fundador do Teatro Negro Experimental, do Jornal Quilombo, do Museu de Arte Negra e do IPEAFRO e todo seu impacto bastante significativo na cultura brasileira, a ABI e o IPEAFRO irão promover ações para mostrar a vasta obra, o legado e as realizações de Abdias Nascimento. Uma das ações previstas é a reedição do Jornal Quilombo para disponibilização nos formatos impresso, digital e distribuição gratuita em eventos, instituições educacionais e culturais.

O ato realizado na sede do IPEAFRO, na Glória, Rio de Janeiro, presidente do Instituto, também contou com a presença do presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, o Babalawô e Doutor em História, Ivanir dos Santos, os cofundadores e membros da Cojira-RJ, Sandra Martins e Miro Nunes, o produtor Cultural Dom Filó entre outras importantes personalidades negras que atuam na comunicação e em outras áreas.

Abdias Nascimento e a ABI

– A ABI é o espaço onde discutimos o Brasil em sua dimensão de igualdade racial e diversidade pelas comunicações – afrimou Luiz Paulo Lima ao lembrar que o jornalista Abdias Nascimento era frequentador assíduo da biblioteca da ABI considerada por ele o seu “quartel general”.
Fundador do Teatro Experimental do Negro, professor em Universidades no Brasil, Estados Unidos e África, Abdias Nascimento era “Essencialmente Jornalista” e mantinha uma forte relação com a ABI. Em 1978 coordenadou o ato público em comemoração à independência de Moçambique proclamada pelo líder Samora Machel.

– Este é um ato de amor e liberdade. O negro do Brasil não poderia se calar diante de um momento histórico da libertação de um povo, de uma raça, a qual nos orgulhou pertencer – enfatizou em seu discurso Abdias Nascimento. Este ato na ABI ficou conhecido como uma celebração e um tributo à população negra de todos os tempos.