Paquistão é o país mais letal para a imprensa


22/12/2010


 
Um levantamento do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ) mostra que 42 profissionais morreram assassinados em todo o mundo, em 2010. A lista de assassinatos é liderada pelo Paquistão, onde ocorreram oito mortes e o país foi considerado como o mais letal para o exercício da profissão de jornalistas.
 
O CPJ prometeu divulgar a lista completa em janeiro. Até o momento, o Iraque aparece em segundo lugar, com o registro de quatro assassinatos de jornalistas este ano. Em Honduras e no México foram três baixas. Afeganistão, Angola, Filipinas, Indonésia, Nigéria, Somália e Tailândia registraram dois assassinatos. Brasil, Camarões, Colômbia, Grécia, Iémen, Índia, Líbano e Uganda figuram na lista pela morte de um jornalista.
 
 
O estudo do CPJ mostra que, em 2010, o assassinato foi a principal causa das mortes (62%) relacionadas ao exercício da profissão de jornalistas. O percentual de profissionais mortos em zonas de combate foi de 12%, e em manifestações e conflitos de rua foi de 26%. Na maioria dos casos (90%), os profissionais mortos eram repórteres que cobriam assuntos locais relacionados às suas comunidades, como foi o caso dos três jornalistas assassinados por narcotraficantes no México.
 
 
De acordo com o CPJ, além dos 42 assassinatos comprovados, 28 ainda estão sendo investigados para se te certeza se a causa das mortes tem a ver com o exercício da atividade profissional. Joel Simon, Diretor executivo do CPJ fez um alerta sobre a violência que atinge jornalistas em todo o mundo:
— O número de 42 jornalistas mortos em 2010, se bem que menor do que o de anos anteriores, é ainda inaceitavelmente elevado e reflete a violência dominante que os jornalistas enfrentam por todo o mundo. Do Afeganistão ao México, da Tailândia à Rússia, o fracasso dos Estados em investigar estes crimes contra a imprensa contribui para um clima de impunidade que fomenta claramente mais violência, afirmou Simon.

* Com informações do CPJ.