Sinônimo de arte e bom investimento

Há cerca de três décadas, a fotografia vem conquistando espaço no exigente mercado internacional de arte, que apresenta vigorosa atividade relacionada à aquisição e comercialização de fotografias com status de obra de arte. Um grande impulso foi registrado nos anos 80, quando as tradicionais casas Sotheby’s e Christie’s passaram a incorporar a fotografia com mais freqüência e naturalidade em seus leilões.

No Brasil, a comercialização de imagens como arte vem ganhando terreno desde os anos 90, com a valorização dos fotógrafos brasileiros nas galerias do exterior. A onda de investimentos no setor aponta forte crescimento e demanda elevados padrões de qualidade que ofereçam segurança aos colecionadores e investidores.

A chamada Fine Art Photography assegura este rigor pelo emprego da mais alta tecnologia na impressão, com o uso de máquinas especias, tintas pigmentadas e papel alemão Hahnemühle, que garantem durabilidade estimada em mais de 200 anos. O trabalho, assinado pelo autor, tem tiragem limitada e é acompanhado de um certificado de autenticidade de padrão internacional. Obras com este perfil estão sendo comercializadas no mundo inteiro por elevados valores, transformando a fotografia em um excelente investimento.

Todo este processo está agora ao alcance do mercado nacional com o Art-Sette, projeto pioneiro na América Latina, idealizado por sete conceituados profissionais, que se uniram para criar, divulgar e comercializar fotos com o padrão de obra de arte. Nesta sexta-feira, dia 18, o grupo — formado por seis brasileiros e um alemão que vive no Rio há mais de 20 anos — inaugura sua primeira exposição dentro da perspectiva da Fine Art Photography, denominada “Edição um”. A mostra entra em cartaz na Galeria G, no Shopping Cassino Atlântico, em Copacabana, e apresenta 15 imagens de Roberto Gomes, Chico Lima, Eduardo Garcia, Heiner Pflug, Raphael Milito, Silvestre Machado e Vinícius Athayde, que atuam nos ramos da moda, do jornalismo, da arquitetura e do turismo, entre outros.

Raphael Milito

Valorização
 
Vencedor do concurso Photographer of the Year 2006, promovido pela revista norte-americana Popular Photography & Imaging, Roberto Gomes destaca o ineditismo do Art-Sette:
— Trabalhei como fotojornalista nos áureos tempos da Manchete, à época a maior no gênero, que dava especial destaque à fotografia. A revista reuniu excelentes profissionais, como o Walter Firmo, e poderia ser facilmente comparada a publicações como Paris Match e Life. Hoje, faço parte do Art-Sette, que inaugura na América Latina o movimento mundial de valorização da fotografia como arte. Jamais houve um grupo de fotógrafos dedicados a este objetivo aqui.

Vinícius Athayde

Chico Lima — um dos fundadores, em 1973, da Photogaleria, primeira iniciativa no País em venda de fotografias como obra de arte — sublinha a reunião, no projeto, de profissionais de várias gerações e distintos interesses:
— O Art-Sette privilegia desde os talentos mais novos, como Vinícius de Athayde, de 23 anos, até os veteranos, como o Heiner Pflug, de 60. A diversidade é grande também na trajetória profissional do grupo. Entre as minhas experiências, atuei como repórter-fotográfico de 1984 a 1996, nos jornais O Dia e O Globo e na revista Caras. No fotojornalismo, o profissional participa de todo o tipo de cobertura. No Art-Sette, posso me dedicar a esta inédita experiência coletiva, alheia às vaidades, cujo foco principal é a arte.

Gilberto Cabral, marchand da galeria que abriga a exposição, aplaude a iniciativa:
— Além do processo da Fine Art Photography, o que me chamou a atenção como marchand foram a similaridade com a arte tradicional e as identidades próprias, a caligrafia fotográfica peculiar dos profissionais. Com isto, posso oferecer ao cliente uma obra respaldada em padrões internacionais, eliminando a distância entre a pintura e a fotografia. 

                               Clique nos fotógrafos para ver seus trabalhos:

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