Militares terroristas do RioCentro usavam a palavra de ordem Brasil Acima de Tudo


05/10/2022


Por falar em ditadura, os militares do DOI-CODI que na noite de 30 de abril de 1981, durante um espetáculo musical comemorativo do Dia do Trabalho que reuniu 20 mil pessoas no Riocentro, centro de convenções na zona oeste do Rio de Janeiro,  realizaram um frustrado atentado terrorista, para tentar responsabilizar a esquerda e desestabilizar o processo de abertura política, usavam uma palavra de ordem que voltou à cena política- BRASIL ACIMA DE TUDO.

O conselheiro da ABI, Ivan Seixas, membro da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e dos Direitos Humanos, resgatou um panfleto de um autodenominado Comando Delta, com o título PÁTRIA E LIBERDADE, assumindo a autoria do atentado, quando uma bomba explodiu no interior de um automóvel Puma, matando o sargento Guilherme Pereira do Rosário e ferindo o capitão Wilson Luís Chaves Machado, integrantes do DOI-CODI que estavam no local, segundo as autoridades militares, numa operação de rotina, termina com a palavra de ordem BRASIL ACIMA DE TUDO.

Não por acaso, essa mesma palavra de ordem é o principal slogan da campanha do atual Presidente da República, que é candidato à reeleição. Defensor da tortura, que tem na abjeta figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos maiores torturadores do regime militar, seu maior ídolo, a utilização da mesma palavra de ordem dos terroristas do RioCentro não é mera coincidência. É mais uma prova contundente do caráter fascista e autoritário do atual Presidente da República. Ele mesmo, aliás, quando era capitão do Exército, foi processado pela Justiça Militar, em 1987, por planejar atentados a bomba em quartéis, para protestar contra os baixos salários dos militares.

Derrotá-lo nas urnas no 2º turno é defender a democracia!

Nesta quarta-feira (05/10), 17h, o ex-presidente do Condepe/SP e ex-preso político Ivan Seixas, fala, em entrevista ao editor de Afropress, jornalista Dojival Vieira, sobre as semelhanças do discurso de Bolsonaro com a palavra de ordem do comando terrorista que praticou atentados para impedir o retorno da democracia no Brasil.

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