Jornalista e colunista de política Cristiana Lôbo morre aos 64 anos


11/11/2021


Publicado no portal G1

A jornalista e colunista de política Cristiana Lôbo morreu nesta quinta-feira (11), em decorrência de um mieloma múltiplo, do qual se tratava havia alguns anos, agravado por uma pneumonia contraída nos últimos dias. Ela tinha 64 anos e estava internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ela deixa marido, Murilo, dois filhos, Gustavo e Bárbara, e dois netos, Antônio e Miguel.

Presidente da ABI lamenta falecimento da Jornalista

“Conheci Cristiana Lobo, e estive com ela algumas vezes: a primeira na sala de espera do Ministro José Serra que estava reunido com o governador Marcello Alencar. Ela me impressionou pela simpatia, competência e seriedade. E outras duas vezes com o prefeito Luiz Paulo Conde. Sempre simpática, séria e extremamente profissional. As entrevistas que fez com os dois foram um primor. Eles não se cansaram de elogiá-la. Cristiana dominou o noticiário político de Brasília durante anos. Tinha apenas 64 anos. Que tristeza! A ABI cumprimenta a família e lamenta profundamente essa perda”, escreveu Paulo Jeronimo, Presidente da Associação Brasileira de Imprensa.

FENAJ e várias entidades lamentaram. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal registrou que Cristiana Lôbo foi referência para jornalismo político. Leia nota abaixo.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) manifesta seu imenso pesar pela morte da jornalista Cristiana Lôbo, 63 anos. Comentarista da Globonews e sindicalizada há 40 anos, ela faleceu em decorrência de complicações de um mieloma múltiplo, tipo raro de câncer. Cristiana deixa marido, Murilo, dois filhos, Gustavo e Bárbara, e dois netos, Antônio e Miguel, a quem prestamos nossas condolências.

Nascida em Goiânia e formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), ela passou pelas redações do jornal O Globo e do O Estado de S. Paulo. Em 1997, entrou na equipe da GloboNews, onde atuou em telejornais e programas de entrevistas. Era conhecida pelas análises políticas e capacidade de descrever os bastidores do poder.

Entre os colegas, reverenciada pelo talento, generosidade e dedicação, inclusive abrindo espaço para inúmeros colegas da imprensa brasiliense em seu programa Fatos e Versões, contribuindo para a análise crítica da própria imprensa.

Cristiana também fez parte da história do Sindicato dos Jornalistas do DF ao apoiar, no final da década de 70, a candidatura do jornalista Carlos Castello Branco para a presidência da entidade. Ainda eram tempos de ditadura militar e enorme repressão contra a atividade jornalística.

Juliana Cézar Nunes, coordenadora-geral do SJPDF, lembra que em depoimento ao site de memórias do Castelinho, Cristiana disse que se orgulhava de ter a primeira carteira de jornalista assinada pelo mestre que, nas palavras dela, ‘pôs fim a uma era de obscurantismo’.

“Estamos consternadas, mas certas de que ela deixa um importante legado para as novas gerações de jornalistas, especialmente mulheres, que enfrentam tantas barreiras no exercício profissional na área política”, acrescenta Juliana.