Jornal Extra cria rede para conectar jornalistas da América Latina


03/06/2014


O jornal carioca Extra lançou na última segunda-feira, 2 de junho, a Rede Narcosul, uma rede de colaboração de jornalistas latino-americanos que cobrem o crime organizado no continente. A iniciativa vai conectar repórteres que desejem trocar informações e ideias — ou mesmo pedir ajuda uns aos outros — em investigações sobre narcotráfico, lavagem de dinheiro, tráfico de pessoas e evasão de divisas.

O objetivo da Rede Narcosul é facilitar o trabalho de jornalistas na produção de reportagens investigativas transnacionais, ao permitir a troca de informações sobre os sistemas judiciais e as consultas a bases públicas de dados em cada país, além do intercâmbio de contatos e fontes.

“Ao abordar o tráfico de drogas como um problema transnacional, a cobertura de segurança pública dos jornais latino-americanos dá ao leitor a possibilidade de questionar se lógica de enfrentamento policial nas periferias e bairros pobres da América Latina é a solução para o problema”, defende Octavio Guedes, diretor de redação do jornal.

A rede vai reunir os repórteres por meio do serviço de mensagens instantâneas WhatsApp, através do número 55 61 9963-4315, e do Twitter twitter.com/RedeNarcosul.

A ideia, do editor Fábio Gusmão, surgiu durante a produção da série de reportagens “Os embaixadores do Narcosul”, publicada desde o último dia 25 de maio. O trabalho de reportagem, cofinanciado pelo Instituto Prensa y Sociedad (Ipys), um dos mais respeitados do mundo no incentivo ao jornalismo investigativo, envolveu viagens a Bolívia, Paraguai e Peru, além de capitais e cidades de fronteira do Brasil. Gusmão percebeu que o repórter Guilherme Amado teve a colaboração de diversos jornalistas do continente.

“A proposta é ser mais eficiente do que os alvos das investigações promovidas pelos jornalistas. Formar uma rede eficiente de colaboração. O WhatsApp é a ferramenta mais simples, rápida e segura de usar. Um jornalista de qualquer lugar da América Latina estará a apenas três toques do outro”, destaca Gusmão.

*Com informações da Infoglobo.