05/03/2021
SERTÂNIA, INÉDITO NOS CINEMAS, TEM MAIS DE MIL VISUALIZAÇÕES
Foram mais de mil visualizações do filme Sertânia (2020), de Geraldo Sarno, o longa de 97 minutos exibido, na terça-feira, no Cineclube Macunaíma, seguido de debate com o diretor, além dos cineastas Erik Rocha (filho de Glauber) e Silvio Tendler; do ator e diretor Júlio Adrião; do diretor de fotografia, Miguel Vassy; e de Ricardo Cota (mediador). O longa de 97minutos saiu ontem, à meia-noite, do canal ABI do Youtube, mas o debate gravado pode ser assistido.
Durante o debate, Geraldo Sarno, que filma o sertão do Nordeste desde 1966, expôs a crise que a cultura vem passando no atual governo, ressaltando que é um milagre filmar, atualmente, e agradeceu a Erik Rocha, filho de Glauber, a força que deu durante as filmagens no interior do Nordeste. Os outros debatedores, participantes do filme, descreveram as dificuldades para a sua realização e a pobreza e a cultura da região.
Inédito nas salas cinematográficas, Sertânia passou por festivais internacionais e nacionais, despertando entusiasmo de críticos e cinéfilos. O filme tem referências ao movimento cinematográfico do Cinema Novo, a Glauber Rocha e às discussões raciais e miséria nordestina. O delírio do cangaceiro Antão, no papel do ator Vertin Moura, estrutura o longa. Na figura do migrante, o sertão se desloca para o país industrializado.
Mais de 50 anos depois de realizar alguns dos melhores documentários sobre o cotidiano do sertão nordestino e da vida dos migrantes oriundos de lá, como Viramundo, Geraldo Sarno retorna a esse espaço com a liberdade e clareza que apenas a maturidade permite atingir.
Assista ao debate, na íntegra