Profa. Ligia Fonseca Ferreira é recebida pelo presidente Emmanuel Macron

O presidente da França, Emmanuel Macron ofereceu, na quarta-feira (27), em São Paulo, um jantar para poucos convidados, no hotel Rosewood, no bairro da Bela Vista. Entre eles estava a Profa. Ligia Fonseca Ferreira, biógrafa do advogado e jornalista Luiz Gama e colaboradora da Diretoria de Igualdade Étnico-Racial da Associação Brasileira de Imprensa.

O objetivo do encontro era trocar ideias e sugestões sobre o Ano Cruzado Brasil-França que vai se realizar em 2025 nos dois países – informou a profa. Ligia Ferreira que, em 2018, recebeu do governo francês a condecoração Chevalier des Palmes Académiques.

Indagada pelo Presidente Macron sobre que outros aspectos não poderiam faltar na agenda de 2025, Ligia Ferreira comentou que as manifestações deveriam incluir e promover as relações entre Brasil e os espaços da afro-diáspora que é a “França das Américas”, como Martinica e Guadalupe nas Antilhas; sem esquecer a Guiana Francesa, também departamento ultramarino da República Francesa, “um pedaço importantíssimo e estratégico da França na América do Sul, do ponto de vista socio-ambiental, econômico, imigratório, além dos aspectos culturais, étnico-raciais etc.”
– No Brasil – e na França, em parte -, nem todos sabem que a maior fronteira em extensão da França com um país estrangeiro é a do Brasil com a Guiana Francesa (730km), superior à divisa com a Espanha (623km) – comentou.

Ligia Ferreira é professora associada do Departamento de Letras da UNIFESP com Mestrado em Ciências da Linguagem (análise do discurso), pela Universidade de Paris XIII. Docteur ès lettres pela Universidade de Paris 3 Sorbonne, França, com tese sobre a vida e a obra do escritor, poeta, jornalista e abolicionista Luiz Gama. Neste campo, suas pesquisas e orientações têm se voltado igualmente para a correspondência franco-brasileira. É membro dos grupos de pesquisa “Diálogos Interculturais” e Relações Brasil-França do IEA – Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Membro associado do NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros) da UNIFESP.

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