Obra literária ao alcance de qualquer mortal


27/05/2008


Ser autor de um livro juntamente com o renomado escritor Moacyr Scliar e lançar a publicação como o grande destaque da Bienal do Livro de São Paulo, em agosto de 2008. Parece ficção, mas é realidade. Até o dia 16 de junho, os amantes da escrita podem participar de “O livro de todos”, obra coletiva, construída na internet, que oferece ao público a oportunidade de continuar a história a partir da última atualização. O início da trama foi escrito por Scliar, autor também da apresentação do livro.

Para participar do desenvolvimento da narrativa, é preciso se cadastrar no site www.livrodetodos.com.br. Encerrado o prazo, o livro será formatado e lançado pela Imprensa Oficial (SP), na Bienal que acontece entre 14 e 24 de agosto.

As “páginas em branco” ficam no ar diariamente, das 14h às 24h. Os textos recebidos ao longo do dia são avaliados, selecionados e editados por uma comissão editorial e passam a integrar a obra no dia seguinte, quando o website volta a ficar disponível para novas contribuições. É possível enviar quanto textos quiser, mas cada colaboração deve ter no máximo 20 mil caracteres.


Objetivo

Organizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL),a Imprensa Oficial e a agência de publicidade DM9DDB, o projeto, inédito, tem como objetivo contribuir para a democratização do livro e da literatura no Brasil e incentivar o hábito da escrita literária:
— Estamos recebendo uma média de 15 colaborações por dia. Selecionamos trechos de cenas, diálogos e situações entre as colaborações e editamos a história, um capítulo por vez. A previsão é de que o livro se encerre com 13 capítulos — diz o jornalista Almir Gajardoni, chefe da redação da Imprensa Oficial e coordenador editorial do livro.

A narrativa começa com o roubo do computador do menino Bruno, que tinha ali armazenadas algumas piadas, letras de música e uma história que estava terminando de escrever a partir do episódio contado pelo vigia de um depósito com quem às vezes conversava à noite:
— Imaginei que receberíamos muito material de baixa qualidade, ou até mesmo brincadeiras que precisariam ser descartadas. Entretanto, me surpreendi com o excelente nível dos textos que estamos recebendo — afirma Gajardoni, que conta com a colaboração do também jornalista Rogério Mascia na edição.