Nacional e MEC voltam a produzir radioteatro


21/04/2011


Uma das grandes atrações radiofônicas no Brasil entre as décadas de 1940 e 1950, o radioteatro volta ao ar com a estréia da série inédita “Contos no rádio”, na próxima segunda-feira, 25 de abril, na rádio MEC. O projeto faz parte das atividades do recém-criado Núcleo de Radiodramaturgia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), dirigido pela atriz Marília Martins.
 
 
A série de programas – que também será transmitida pela Rádio Nacional, a partir do dia 28 de abril – é uma adaptação, em linguagem contemporânea, das obras de alguns dos maiores autores da literatura brasileira, entre os quais Lima Barreto, João do Rio, Machado de Assis, Raul Pompéia, Mario de Andrade e Alberto Moravia. Os esquetes terão a duração de cerca de 30min cada um.
 
 
A idéia do projeto “Contos no rádio” nasceu em 2008, e segundo a diretora Marilia Martins é um desejo antigo de quem viveu, acompanhou ou conhece a história da radiodramaturgia no Brasil:
– Na verdade, eu acho que todos os que fizeram radioteatro naquela época, como o Gerdal dos Santos e a Dayse Lucidi, sempre mantiveram essa chama acesa. Na atual gestão da Superintendência de Rádio da EBC sempre teve esse movimento pela retomada pelo radioteatro. E agora, por meio de um convênio da EBC com a Sociedade de Amigos Ouvintes da Rádio MEC (Soarmec), a volta da radiodramaturgia se tornou uma realidade, disse a diretora do programa.
 
 
A equipe de “Contos no rádio” é formada por um time de onze profissionais, que inclui um roteirista, dois sonoplastas, um operador de áudio, dois atores contratados exclusivamente para o núcleo, além dos que já atuam no elenco da Rádio Nacional, como o Gerdal dos Santos, Dayse e Laio Jr. O projeto conta também com um núcleo de direção, produção e coordenação artística:
— Temos convidado atores para fazer participações especiais, como a Aracy Cardoso, que já esteve aqui com a gente gravando um conto de Machado de Assis, a atriz Tereza Amayo, além da parceria que estabelecemos as escolas de teatro para integrar novos atores ao nosso núcleo de produção. Por meio desse processo, já recebemos mais de 15 atores. Vejo a volta da radiodramaturgia como uma oportunidade para jovens atores, afirma Marília Martins.
 
 
Repertório
 
 
Até junho a série “Contos no rádio” irá ao ar todas as segundas-feiras, às 20h, na Rádio MEC, e às quintas-feiras, às 10h, na Rádio Nacional. O programa será retransmitido também em todas as emissoras que fazem parte da rede radiofônica da EBC em várias regiões brasileiras.
 
 
O primeiro conto a ir ao ar será “O homem que sabia javanês”, de Lima Barreto. Depois serão apresentados três contos de João do Rio, conta Marília Martins:
Temos certeza que os nossos ouvintes irão se deliciar com as histórias do Rio de Janeiro no início do século XX, na visão dos nossos melhores contistas. Em seguida, serão apresentados três textos de Machado de Assis, além de uma seleção de contos de Raul Pompéia. Nós estamos com um repertório de grandes autores e pretendemos trabalhar também com escritores estrangeiros, disse Marília.
 
 
Outra boa notícia sobre a série “Contos no rádio” é que a produção acabou de conseguir os direitos da obra da Clarice Lispector para adaptação para o rádio. Essa será a novidade da segunda etapa do projeto. Segundo Marilia Martins, já foram iniciadas as adaptações radiofônicas de alguns contos de Clarice Lispector, como “Viagem a Petrópolis”, “A língua do P” e “Ms. Algreen”.
 
 
Passado e presente
 
 
Mesmo com todas as dificuldades burocráticas enfrentadas por ser um órgão estatal, a Rádio MEC sempre foi fiel a sua característica de “protagonista e produtora de cultura”. A emissora foi criada com a missão de transmitir dos programas musicais e educativos, e contava também com um elenco fixo de radioteatro. Grandes nomes da dramaturgia nacional saíram do cast da rádio, como Fernanda Montenegro, Edmundo Lys, Sadi Cabral, Sérgio Viotti, Magalhães Graça, Agnes Fontoura, Allan Lima e Ieda Oliveira, entre tantos outros.
 
 
A partir de 1940, durante mais de duas décadas, considerando inclusive a era de ouro do radio brasileiro, foi a vez da Nacional entreter seus ouvintes com uma programação variada, com novelas, programas de auditório, humor e musicais. Nesse período, a emissora se notabilizou também pela produção de noticiários, a exemplo do famoso “Repórter Esso”, e conquistou muitos ouvintes com as transmissões esportivas.
 
 
Marília Martins disse que seria leviano fazer comparações qualitativas entre as produções do passado e a série “Contos no rádio”, que faz sua estréia na próxima segunda-feira. Segundo e diretora, a exploração das duas experiências permite alcançar os melhores resultados:
— É uma questão interessante porque essa percepção vai-se construindo aos poucos, porque é um processo que se desenvolve simultaneamente. Ou seja, ao mesmo tempo em que estamos produzindo os novos programas, consultamos os arquivos de programas que foram ao ar até a década de 70, como o teatro de mistério. Além disso, contamos com muitos relatos sobre a época de ouro do rádio, disse a atriz e diretora.
 
 
Essência/B>
 
 
Ela afirma que a essência é a mesma, ou seja, a palavra. É isso faz com que seja possível oferecer para o ouvinte momentos de entretenimento, de reflexão, emoção, coisas que o radioteatro sempre buscou oferecer:
— O que tem de diferente hoje em dia é justamente os artistas que estão envolvidos no momento presente. Então, o que dá uma identidade para o nosso trabalho, por meio dessa modernidade, é o próprio perfil desses artistas que estão atuando agora. E também uma busca de uma linguagem moderna no sentido da criação dos nossos roteiros radiofônicos, com um caráter muito forte de experimentação, afirma Marília.
 
 
Marília adianta que momento o elenco está “debruçado nos contos que aparecem com uma voz narrativa muito forte”, não se trata apenas de diálogo. Isso também é um diferencial, diz a diretora, acrescentando que em relação à formação dos atores, evidentemente há diferenças com aqueles que atuaram há 40 anos.
 
 
Ela destaca que a prosódia atual é diferente e toda a questão da projeção da voz. Outro detalhe se refere à formação dos atores que as escolas de teatro do Rio de Janeiro estão oferecendo:
— Na essência são momentos diferentes, temos que tomar muito cuidado para não incorrer no erro de dizer que hoje o radioteatro é melhor. Vejamos o exemplo da novela. A que foi produzida na década de 50 se for comparada com a que está indo ao ar hoje em dia é totalmente diferente. O que era feito lá atrás era o melhor que se podia oferecer naquele momento, afirma.
 
 
Marília Martins não esconde que há preocupação com a qualidade do produto, e que todos os profissionais envolvidos com a produção de “Contos no rádio” estão empenhados na contextualização das histórias:
— Temos que contextualizar, porque precisamos marcar que o cenário das radionovelas era diferente, por isso a nossa preocupação com uma linguagem mais atual, aquela com a qual os artistas estão envolvidos no modo de produção contemporâneo, mas que não e excludente. Nós estamos trabalhando com o Gerdal dos Santos, que é um radioator de 81 anos, moderníssimo, que engrandece o nosso trabalho e nos ensina muito, com entusiasmo e generosidade, explica Marília Martins.
 
 
 
Privilégio
 
 
Um dos integrantes do elenco de “Contos no rádio” é o ator Luiz Octavio Moraes, que disse estar tendo o privilégio de ter sido chamado para trabalhar na produção da nova série de radioteatro. Com uma trajetória ligada basicamente ao teatro, ele também já fez cinema e televisão, mas essa é a primeira vez em que participa de um projeto de radiodramaturgia:
— Eu vejo essa experiência no rádio como única, e que dá ao ator um aprendizado fantástico, com a possibilidade de trabalhar com estudos de textos de alta qualidade literária. E tudo novo para mim, pois no rádio nos trabalhamos somente com a voz dentro de um estúdio com um microfone à frente. O radioteatro exige muita concentração do ator, como em qualquer outro tipo de dramaturgia. Mas o ator tem que estar atento ao que esta falando, pois nesse caso a voz é o único meio que levar o ouvinte a imaginar a cena, disse Luiz Octavio.
 
 
Luiz Octavio Moraes, além de ator é professor de teatro e acha que o rádio pode vir a contribuir muito com a formação de novos atores:
— A radiodramaturgia exige muito estudo e cuidado do ator com a articulação das palavras e a interpretação. No Brasil o numero de escolas de formação de atores e reduzido, são escassas as oportunidades para uma pessoa desenvolver um trabalho artístico de interpretação. Normalmente a pessoa faz um curso de teatro e já vira ator, e aí cai na vida para trabalhar e não estuda mais nada. Vive do improviso e do que consegue aprender com a experiência do dia-a-dia, afirma Luiz Octavio Moraes, acrescentando que o trabalho no rádio proporciona ao ator qualificar o seu trabalho como um todo.
 
 
Na opinião de Luiz Octavio Moraes o projeto “Contos no rádio”, produzido pela Radio MEC, deveria se multiplicar em outras emissoras, porque abriria mais espaços de trabalho para os atores, além de incentivar o surgimento de novos tipos de programas radiofônicos:
— No momento, somente as rádios MEC e Nacional estão investindo nisso, mas está lançada a chama para que as outras emissoras venham a aderir à idéia. Nos áureos tempos, todas as rádios tinham vários programas de novelas, folhetins, mistério, entre outros. Eu vejo que há chances de se voltar a utilizar o rádio para esse tipo de programação, diz o ator.
 
 
A produtora Nely Coelho não revela números, alegando que como o projeto começou a ser pensado em 2008, o custo de produção de “Contos do rádio” já foi alterado diversas vezes. Segundo ela, é barato trabalhar com radioteatro, uma vez que todo o cenário se resume em um espaço com isolamento acústico, bons microfones e o grupo de atores. Há também o trabalho que é executado em computadores, como sonoplastia e edição:
— Por exemplo, os sonoplastas nem se encontram, recebem tudo via computador. É um caminho muito mais rápido a um custo bem menor do que seria em qualquer outro meio. Se outras rádios quiserem abrir espaço para este tipo de programa é bom que saibam que não vai custar uma fortuna. Inclusive nem é muito diferente da produção de um programa musical. Dá mais trabalho, mas é viável financeiramente, afirma Nely Coelho.
 
 
Um aspecto interessante apontado por Nely foi a quantidade de gente que atendeu ao chamado da Rádio MEC interessada em trabalhar com radioteatro. Segundo Nely Coelho, os anúncios foram divulgados nas universidades que têm cursos de teatro, como UniRio e UFRJ, e em outras unidades acadêmicas como Uerj e UFF, que tem um curso voltado para a formação de profissionais de rádio:
— Nos tivemos essa percepção quando vimos o número de pessoas que se inscreveram para participar da oficina que estávamos oferecendo. Foi quando nos tocamos que tem muita gente de novo interessada em radioeatro, declarou Nely com entusiasmo. 
 
 
As emissoras de rádio da EBC farão a transmissão de “Contos no rádio” de acordo com o cronograma a seguir: a Nacional AM de Brasília e Nacional da Amazônia entram em rede e reprisam os Contos no Rádio, às terças feiras, às 21h05; Nacional AM e FM do Alto Solimões, também às terças-feiras, 13h10 (hora local) e a Rádio Nacional FM Brasília, aos domingos, a partir das 22h30.
 
 
 
Memória
 
 
O Radioteatro passou a fazer parte das programações das aádios MEC e Nacional a partir da década de 1940. Esta última veiculava folhetins cubanos traduzidos e adaptados, além de seriados, até formar seu cast de autores, entre eles Oduvaldo Viana, Dias Gomes, Janette Clair e Mário Lago. O sucesso alcançado pode ser avaliado pelos números da época: entre 1943 e 1945, foram transmitidas 116 novelas.
 
 
A primeira produção de radiodramaturgia da Rádio MEC foi “Radioteatro da mocidade”, em 1945, que tinha no elenco a atriz Fernanda Montenegro. Outro sucesso desse período foi o “Reino da alegria”, produzido por Geni Marcondes. Tivemos ainda o programa “Terra brasileira”, com Ieda Oliveira, Hamílton Santos, Magalhães Graça, entre outros, que transmitia histórias voltadas para o homem do campo.
 
 
Novelas, seriados e os programas humorísticos foram os responsáveis pelos altos índices de audiência da Rádio Nacional. Nos anos 1930, duplas de humoristas como Alvarenga e Ranchinho e Jararaca e Ratinho destacavam-se na emissora “como legítima expressão do humor brasileiro”. Na década de 1950, durante muito tempo, o grande sucesso da radiodramaturgia foi o programa “Balança, mas não cai”, criado por Max Nunes, cujo numeroso elenco contava com a famosa dupla formada por Paulo Gracindo e Brandão Filho, nos inesquecíveis papéis, Primo Rico e Primo Pobre.
 
 
Veja a grade de “Contos no rádio”

Rádio MEC – Segundas-feiras, às 20h
 
Dia 25 de abril: “O homem que sabia javanês”, de Lima Barreto
Dia 02 de maio: “A amante ideal”, de João do Rio
Dia 09 de maio: “A parada da ilusão”, de João do Rio
Dia 16 de maio: “O homem de cabeça de papelão”, de João do Rio
Dia 23 de maio: “Tílburi de praça”, de Raul Pompeia
Dia 30 de maio: “O peru de natal”, de Mario de Andrade
Dia 06 de junho: “Dos tratos de amor”, livremente inspirado em conto de Alberto Moravia
Dia 13 de junho: “D. Paula”, de Machado de Assis
Dia 20 de junho: “A carteira”, de Machado de Assis
Dia 27 de junho: “O espelho”, de Machado de Assis

Rádio Nacional – Quintas-feiras, às 10h

 
Dia 28 de abril: “O homem que sabia javanês”, de Lima Barreto
Dia 05 de maio: “A amante ideal”, de João do Rio,
Dia 12 de maio: “A parada da ilusão”, de João do Rio,
Dia 19 de maio: “O Homem de cabeça de papelão”, de João do Rio
Dia 26 de maio: “Tílburi de praça”, de Raul Pompeia
Dia 02 de junho: “O peru de natal”, de Mario de Andrade
Dia 09 de junho: “Dos tratos de amor”, livremente inspirado em conto de Alberto Moravia
Dia 16 de junho: “D. Paula”, de Machado de Assis
Dia 23 de junho: “A carteira”, de Machado de Assis
Dia 30 de junho: “O espelho”, de Machado de Assis
 
 
 
Ficha técnica dos programas
 
 
O homem que sabia javanês, de Lima Barreto.
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas
No elenco: Gerdal dos Santos, Laio Jr, Luiz Octavio Moraes, Cristiano Menezes, Philipp Peixoto e Tony Godoy
Músicas originais e Seleção Musical: Julio Dain
Sonoplastia: Marcelo Santos
Operador de Áudio: Ademil Reis
Produção de Nely Coelho
Direção e Coordenação Geral: Marília Martins
 
 
A amante ideal, de João do Rio.
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas
No elenco: Gerdal dos Santos, Renato Livera, Ana Paula Penna, Joice Marino, Luiz Octavio Moraes, Robson Santos e Laio Jr
Músicas originais e Seleção Musical: Julio Dain
Sonoplastia: Marcelo Santos
Operador de Áudio: Ademil Reis
Locução de Luciano Gama
Produção de Nely Coelho
Direção e Coordenação Geral: Marília Martins
 
 
A parada da ilusão, de João do Rio.
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas
No elenco: Joice Marino, Luiz Octávio Moraes, Carol Dessandre, Diogo Pivari, Monique Vaille e Robson Santos. Participação especial de Gerdal dos Santos.
Músicas originais e Seleção Musical: Julio Dain
Sonoplastia: Marcelo Santos
Operador de Áudio: Ademil Reis
Produção de Nely Coelho
Direção e Coordenação Geral: Marília Martins
 
 
O homem de cabeça de papelão, de João do Rio.
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas
No elenco: Luiz Octávio Moraes, Joice Marino, Laio Jr, Rodrigo Oliveira e Tony Godoy.
Músicas originais e Seleção Musical: Julio Dain
Sonoplastia e Finalização: Leo Tucherman
Operador de Áudio: Ademil Reis
Produção: Nely Coelho
Direção Artística e Coordenação Geral: Marília Martins
 
 
O peru de natal, de Mario de Andrade.
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas
No elenco: Gerdal dos Santos, Maurício Lima, Joice Marino, Ruth Mezeck, Diogo Pivarí e Ana Tavares
Músicas originais e seleção musical: Julio Dain
Sonoplastia: Marcelo Santos
Operador de Áudio: Ademil Reis
Locução de Luciano Gama
Produção de Nely Coelho
Direção e Coordenação Geral: Marília Martins
 
 
Tilburi de praça, de Raul Pompeia.
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas
No elenco: Joice Marino, Luiz Octavio Moraes, Marilia Thereza Cabral e Diogo Pivarí
Músicas originais e Seleção Musical: Julio Dain
Sonoplastia: Marcelo Santos
Operador de Áudio: Ademil Reis
Uma realização do Núcleo de Radiodramaturgia EBC
Produção de Nely Coelho
Direção e Coordenação Geral: Marília Martins
 
 
Dos tratos de amor, de Alberto Moravia.
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas e Marília Martins
No elenco: Joice Marino, Luiz Octavio Moraes, Philipp Peixoto, Robson Santos, Camila Rhodi e Monique Vaillé)
Músicas originais e Seleção Musical: Julio Dain
Sonoplastia: Marcelo Santos
Operador de Áudio: Ademil Reis
Produção de Nely Coelho
Direção Artística e Coordenação Geral: Marília Martins
 
 
Dona Paula, de Machado de Assis
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas
No elenco: Joice Marino, Luis Octavio Moraes e Nely Coelho. Participação especial de Aracy Cardoso, como Dona Paula.
Músicas originais e Seleção Musical: Julio Dain
Sonoplastia: Marcelo Santos
Operador de Áudio: Ademil Reis

DIV>Uma realização do Núcleo de Radiodramaturgia EBC

Produção de Nely Coelho
Direção e Coordenação Geral: Marília Martins
 
 
A carteira, de Machado de Assis.
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas
No elenco: Fabiola Nascimento, Joice Marino, Luiz Octavio Moraes e Diogo Pivarí
Músicas originais e Seleção Musical: Julio Dain
Sonoplastia: Marcelo Santos
Operador de Áudio: Ademil Reis
Uma realização do Núcleo de Radiodramaturgia EBC
Produção: Nely Coelho
Direção Artística e Coordenação Geral: Marília Martins
 
 
O espelho, de Machado de Assis.
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas
No elenco: Joice Marino, Luiz Octávio Moraes , Elias Hatab, Piu Gama e Tony Godoy. Participação especial de Gerdal dos Santos.
Músicas originais e Seleção Musical: Julio Dain
Sonoplastia: Marcelo Santos
Operador de Áudio: Ademil Reis
Produção de Nely Coelho
Direção e Coordenação Geral: Marília Martins