Mortes de jornalistas em Honduras


18/06/2010


A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou um comunicado, cobrando pressa das autoridades hondurenhas no esclarecimento dos assassinatos recentes de jornalistas em Honduras. 

Entre os casos de assassinatos de jornalistas este ano em Honduras está o do repórter Luis Arturo Mondragón, assassinado em 14 de junho, quando saída do trabalho por dois homens que estavam em um carro e dispararam tiros contra ele. 

Luis Arturo Mondragón era diretor de notícias de uma emissora de TV da cidade de Danlí, no departamento (estado) de El Paraíso. Segunda a RSF, ele foi o oitavo profissional assassinado no país desde o dia 1º de março deste ano. 

Para a RSF quaisquer que tenham sido os motivos que levaram ao assassinato do jornalista, nada justifica que a verdade seja revelada imediatamente. De acordo com o comunicado, “mesmo que não haja uma relação entre o assassinato e a atividade profissional da vítima, não se deve ocultar a violência política que está minando o país desde o golpe de Estado de 28 de junho de 2009, assim como suas trágicas consequências para a liberdade de imprensa”. 

Segundo a agência de notícias Ansa, o porta-voz da Polícia Nacional de Honduras, Leonel Sauceda, afirmou que os assassinatos de jornalistas no país não foram causados por motivos profissionais. Até agora, apenas dois responsáveis pelas mortes foram detidos no país.

Honduras é considerado pela RSF o país mais perigoso, atualmente, para o exercício da profissão de jornalistas na América Latina. 

* Com informações da RSF e Portal Imprensa.