México e Honduras em defesa dos jornalistas


06/01/2011


O Presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do México, Raul Plascencia, afirmou que em 2011 dará atenção especial aos crimes contra jornalistas e ativistas dos direitos humanos, com a ampliação do apoio ao Programa de Agravo a Jornalistas e Defensores Civis dos Direitos Humanos no combate à onda de violência, que inclui ataques, seqüestros e assassinatos de profissionais de imprensa. O México é apontado como o país mais perigoso para o exercício da profissão.

A maior parte dos crimes, vinculado ao narcotráfico, permanece impune. De acordo com estudo do CNDH, foram registrados nos últimos dez anos, especialmente nas áreas da fronteira com os EUA, 608 denúncias de ameaças e ataques, 66 assassinatos e 12 casos de desaparecimento de jornalistas.

Em Honduras, outra região marcada pela violência contra jornalistas, o Governo anunciou que vai solicitar a colaboração dos Estados Unidos, Colômbia e Espanha nas investigações de crimes contra jornalistas registrados em 2010.

O Presidente hondurenho Pedro Porfírio designou o representante do Ministério da Segurança, Óscar Álvarez, para coordenar as ações em conjunto com as agências internacionais. O objetivo é punir os responsáveis pelos crimes.

Em 2010, dez jornalistas foram mortos no país: Joseph Ochoa, e Carlos Salinas, em Tegucigalpa; David Meza, em La Ceiba; Nahún Palacios, em Tocoa; José Bayardo Mairerena e Victor Juárez em Olancho; Gerogino Orelle, em San Pedro Sula; Luis Mondragón, em Danlí; Israel Zelaya, em Villanueva, e Henry Orlando Suazo Santos.

O Vice-Ministro de Segurança de Honduras, Armando Calidonio, afirmou que as mortes dos profissionais de imprensa não têm relação com o exercício da profissão. Contudo, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas(CPJ) denunciou que pelo menos três casos estão vinculados à atividade jornalística.

A violência contra jornalistas é tema também de uma série de entrevistas postadas no Youtube pela Sociedade Interamenricana de Imprensa(SIP). Os relatos descrevem o impacto da violência e os riscos da atividade jornalística na região da Tríplice Fronteira, formada por Brasil, Argentina e Uruguai.

As entrevistas foram conduzidas pela jornalista brasileira Clarinha Glock, da Unidade de Resposta Rápida da SIP, com profissionais de imprensa que atuam na região.