MEC analisa entrar com ação contra jornalista


08/11/2010


O Ministério da Educação (MEC), em mensagem em seu twitter, informa que está analisando a possibilidade de processar um jornalista do Jornal do Commercio, que teria enviado mensagens por celular ao veículo onde trabalha informando o tema da redação do Enem, realizado no último fim de semana. O repórter teria entrado em um dos locais de prova com um celular ligado no bolso, e revelado, antes do término do horário de sigilo, o tema da redação.
 
De acordo com o MEC, o jornalista “cometeu ato ilícito ao atentar contra as regras do certame”. O JC Online afirmou, em nota, que o jornalista queria apenas relatar a fragilidade do sistema de segurança durante a realização da prova.
 
Sobre a decisão da Juíza Carla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará, que determinou a suspensão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, o Ministério da Educação esclarece que a preocupação da magistrada referente à igualdade de condições dos concorrentes está assegurada pela utilização da Teoria de Resposta ao Item (TRI).

Segundo o MEC, desde o Enem do ano passado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplica a TRI, que permite a comparabilidade no tempo. Com a TRI, o conjunto de modelos matemáticos usados no Enem permite que os exames tenham o mesmo grau de dificuldade. Testadas antes da prova, as questões ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes nos pré-testes — quanto mais alunos acertam uma determinada pergunta, menor o peso que ela terá na prova porque o grau de dificuldade é supostamente menor, informa o MEC.

O Ministério afirma ainda que a aplicação da teoria da resposta ao item é frequente nas avaliações em testes de múltipla escolha aplicados em diversos países. E que a TRI é usada desde 1995 nas provas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que mede o desempenho de estudantes do ensino fundamental e médio. Em 2009, foi usada pelo Enem com o objetivo de garantir a comparação das notas do exame daquele ano com os seguintes.

*Com informações da Assessoria de Comunicação do MEC.