ABI recebe Ato pela liberdade de Assange


O evento, que acontece na próxima quarta-feira, dia 30, às 16h00, faz parte de uma série de encontros que o Wikileaks promove no Brasil e na América Latina.

Kristinn Hrafnsson, jornalista investigativo, editor-chefe e porta-voz da plataforma, e Joseph Farrell, editor e embaixador do WikiLeaks, lideram essa iniciativa. E seu objetivo, com encontros como esse, é buscar o apoio de organizações jornalísticas e da sociedade civil para pressionar a administração Biden a retirar acusações ilegais feitas por Trump contra Julian Assange, e exigir sua liberdade imediata.

Na visão dos representantes do WikiLeaks, a contribuição e o apoio são imprescindíveis para fortalecer a agenda de defesa em prol da liberdade de imprensa, do direito à informação e do exercício do jornalismo em nível internacional.

Detido sem base legal na prisão de segurança máxima de Belmarsh, no Reino Unido, desde 2019, o jornalista e ativista australiano, que vive uma dramática situação política e de saúde, está prestes a ser extraditado para os Estados Unidos, onde pode sofrer uma pena de até 175 anos em confinamento solitário.

Julian Assange é ilegalmente acusado pelo governo dos EUA de violar a Lei de Espionagem de 1917, usada durante a guerra para perseguir pacifistas e dissidentes e classificá-los como espiões. Entre 2010 e 2011 Assange publicou documentos que revelam crimes de guerra e campos de tortura no Iraque, Afeganistão e Guantánamo.

A eventual condenação de Assange por essas publicações criminalizaria todas as etapas do processo jornalístico básico: solicitar, receber, possuir e publicar informações verídicas e de interesse público. A defesa do jornalista quer que os EUA retirem as acusações como forma de proteger a liberdade de imprensa no mundo.

O ato por Assange na sede da ABI, Rua Araújo Porto Alegre, 71 – Centro – RJ , acontece das 16h00 às 19:00 e será apresentado pela jornalista Hildegard Angel.

Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, e Joseph Farrell, embaixador do Wikileaks, convidam para o ato de solidariedade a Julian Assange:

“O objetivo deste encontro é poder contar com a sua solidariedade para pressionar à administração Biden a retirar acusações ilegais feitas por Trump contra Julian Assange, e exigir sua liberdade imediata. Sua contribuição e apoio são imprescindíveis para fortalecermos esta agenda de defesa da liberdade de imprensa, do direito à informação e do exercício do jornalismo em nível internacional.

 

Diante da gravidade e urgência da situação, precisamos do seu apoio para que Julian Assange não seja extraditado, mas sim libertado”.

Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell.

 

Na seginda-feira (28), eles foram recebidos pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Quem são Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell do Wikileaks?

Kristinn Hrafnsson é jornalista investigativo e editor-chefe/porta-voz do WikiLeaks desde 2010. Ele trabalhou duas décadas como jornalista na Islândia, na imprensa e na radiodifusão e televisão, o período mais longo na RUV, a emissora pública. Ele foi co-produtor e apresentador do programa de investigação Kompás (Compass) na emissora privada Channel 2 durante o turbulento período do colapso financeiro na Islândia, após a crise bancária de 2008. Kompás foi um programa premiado onde ele e seus colegas frequentemente expuseram atividades criminosas e corrupção em altos cargos.  Em abril de 2010, ele voou para Bagdá para entrevistar crianças do ataque militar registrado no “Collateral Murder”, o vídeo icônico publicado pelo WikiLeaks. Kristinn é um dos jornalistas mais premiados na Islândia e recebeu o prêmio da Federação de Jornalistas da Islândia em todas as três principais categorias em 2004, 2007 e 2010.

Joseph Farrell é um jornalista e editor britânico que trabalhou para o Bureau of Investigative Journalism e para o Centre for Investigative Journalism, onde atualmente faz parte do Conselho de Administração. Ele trabalha para o WikiLeaks desde 2010 como editor de inúmeras publicações importantes do WikiLeaks, incluindo os Diários de Guerra do Iraque e Afeganistão e Cabos Diplomáticos (Cablegate). Seu trabalho para o WikiLeaks junto com outros associados, fez dele o alvo de uma investigação contínua do FBI. Ele foi membro da Coalizão da Sociedade Civil na conferência diplomática da World Intellectual Property Organisation sobre um tratado de exceções de direitos autorais para pessoas com deficiências em Marrakesh, Marrocos. Ele também aparece regularmente nas redes de televisão como comentarista de notícias.