Jornalistas cubanos visitam o Rio e a ABI


10/11/2008


                                     Solange Noronha

                    Maribel Acosta e Ariel Terrero 

Os jornalistas Ariel Terrero Escalante, membro da diretoria da União dos Jornalistas de Cuba (Upec, na sigla em espanhol) e chefe de Redação da revista Bohemia, e Maribel Acosta Damas, da TV cubana e também da Upec, chegaram na manhã desta segunda-feira, 10, ao Brasil e à tarde visitaram a ABI. O Rio é a primeira parada da dupla, que está no País a convite do Sindicato dos Jornalistas de Brasília e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), com o objetivo de ampliar a Campanha de Solidariedade a Cuba — lançada na Associação em outubro.

Ciceroneados pelos Conselheiros da Casa Lêda Acquarone e Mario Augusto Jakobskind, além de Rolando de la Ribera, correspondente da agência de notícias Prensa Latina no Brasil, Maribel Acosta e Ariel Terrero aproveitaram a visita à ABI para falar não apenas da importância de se divulgar os prejuízos causados pelos furacões Ike e Gustav, que atingiram a ilha com intervalo de apenas uma semana:
— Queremos mostrar também a solidariedade local, para estimular ainda mais o auxílio que vem de fora — diz Maribel. — Tem sido incrível o movimento de artistas e intelectuais para mobilizar todo tipo de ajuda. Nos encontros que teremos aqui com jornalistas, estudantes de Comunicação e figuras públicas, nossa intenção é conquistar mais adeptos para a Campanha, mostrando como a população cubana está reagindo, enfrentando com garra as adversidades, para que as pessoas vejam como será bem-vinda e bem utilizada sua contribuição. 

Ariel e Maribel com Mario Augusto, Lêda Acquarone e Rolando de la Ribera

Segurança

Ariel lembra que a conta dos prejuízos segue crescendo, ainda mais com a chegada a Cuba de outro ciclone, o Paloma, no último fim de semana:
— Toda a ilha foi castigada pelos dois primeiros furacões, pois um veio do ocidente e o outro, do lado oriental. A destruição foi geral, das plantações às escolas e hospitais. Mesmo assim, a segurança civil mostrou-se eficientíssima, conseguindo evacuar 3 milhões de pessoas rapidamente, e, antes da chegada do Paloma, 96% da rede elétrica já tinham sido recuperados. O país está organizado, a solidariedade interna está funcionando bem.

Os dois jornalistas, que também irão ao Distrito Federal, a São Paulo e a Belo Horizonte, acham que a campanha humanitária laçada no Brasil tem conseguido grande impacto na imprensa internacional:
— Sem dúvida o fato de o Oscar Niemeyer ser o Presidente de Honra do movimento abre muitas portas e fura o bloqueio mundial das grandes agências de notícias, que nem sempre dá muito espaço para o que acontece em nosso país e, geralmente, também não se interessa pelo lado menos sombrio das catástrofes — ressalta Maribel.