Jornalista morre na Líbia

O cineasta e fotojornalista Tim Hetherington, 41 anos, de cidadania britânica e americana, morreu nesta quarta-feira, dia 20, durante um ataque de morteiro na cidade de Misrata, na Líbia, palco de intensos confrontos entre rebeldes e as forças do líder Muamar Khadafi.

Segundo a BBC Brasil, a informação foi confirmada pelo Ministério do Exterior da Grã-Bretanha e por Peter Bouckaert, amigo do cineasta e integrante da ONG Human Rights Watch.

De acordo com Bouckaert e o Governo britânico, outros três fotojornalistas ocidentais ficaram feridos no mesmo ataque: Chris Hondros, colaborador da agência Getty, que está em estado gravíssimo, Guy Martin, da agência Panos, ferido com gravidade, e o freelancer Michael Brown, que sofreu ferimentos leves.

Hetherington foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário neste ano pela codireção de “Restrepo”, que acompanhou a rotina de um pelotão em combate em áreas perigosas do Afeganistão.
 
Segundo o The New York Times, a morte do cineasta repercutiu intensamente, principalmente entre jornalistas, agentes humanitários e vítimas de guerras que Hetherington conheceu ao longo de sua carreira (ele havia coberto conflitos também na Libéria, no Afeganistão e em Darfur, no Sudão).

—Sua morte é uma perda pessoal para muitos de nós. Mas é também uma perda devastadora para a comunidade de direitos humanos. Seu trabalho deu visibilidade a muitos dos conflitos esquecidos no mundo, disse Kenneth Roth, Diretor-executivo da Human Rights Watch.

 

De acordo com a agência de notícias Reuters, o canal de TV Al-Libiya, a emissora estatal da Líbia, afirmou nesta quarta-feira, 20, que aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) teriam lançado ataques aéreos contra infraestruturas de radiodifusão e de telecomunicações em diversas cidades do país. A emissora, contudo, não deu detalhes sobre os supostos ataques.

 

 

*Com informações da BBC Brasil e Reuters.