Diretor é assassinado e radialista baleado dentro de rádio em Rondônia


Por Igor Waltz*

15/10/2013


Alberto Dutra Duran (esq.), atingido com um tiro no braço, e Cláudio Moulero de Souza (dir.), morto durante invasão da Rádio Meridional, em Rondônia. (Crédito: Acervo Pessoal)

Alberto Dutra Duran (esq.), atingido com um tiro no braço, e Cláudio Moulero de Souza (dir.), morto durante invasão da Rádio Meridional, em Rondônia. (Crédito: Acervo Pessoal)

Um homem armado invadiu a rádio Meridional FM, da cidade de Jaru, a 290 km de Porto Velho, Rondônia, e assassinou o diretor da emissora, Cláudio Moulero de Souza, na tarde do último sábado, 12 de outubro. O locutor Alberto Dutra Duran também foi baleado, mas foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Municipal de Jaru e não corre risco de morte.

Segundo informações, o radialista Duran estava no interior do estúdio da rádio Meridional apresentando o programa “Toca aí”, quando por volta das 15h Moulero entrou correndo pedindo por socorro que havia um homem tentando o matar.

Duran ainda tentou fechar a porta, mas foi ferido no ombro com um tiro e o agressor entrou no estúdio e disparou contra o diretor, que foi atingido no peito e veio a óbito no local.

“Escutei barulhos do lado de fora do estúdio e o Cláudio já empurrou a porta pedindo ajuda. Um homem armado tinha invadido a emissora e disparou contra nós. Fui atingido no braço direito. Quando vi que o sujeito tinha tirado a vida dele e pedi pelo amor de Deus para não ser morto também”.

Ainda não se sabe o que motivou o crime. Nenhum objeto das vítimas foi levado, por isso a Polícia Civil acredita que o caso se trata de um atentado contra o diretor da rádio.

O delegado responsável pelo caso, Renato Batistela Cavalheiro, afirma que não tem informações sobre a autoria e as motivações do crime. “As impressões digitais das maçanetas da porta foram recolhidas e vamos continuar com as investigações”.

Para Duran, o diretor estava dando sinais de que alguma coisa estava errada. “Ele morava em um anexo, no próprio prédio da emissora. De uns tempos para cá, estava sempre com a porta trancada, deixou de sair, só ficava na igreja”. O radialista sairá de férias após ser liberado do hospital, mas nega que tenha medo de retornar ao trabalho. “Amo o que faço”. 

* Com informações dos portais Rondônia Dinâmica, G1 e Comunique-se.