Conselho Deliberativo instala Comissão de Relações Internacionais


25/07/2022


O Conselho Deliberativo da ABI, em reunião realizada nessa segunda-feira (25), instalou a Comissão de Relações Internacionais. A Comissão será coordenada pelo conselheiro José Reinaldo (SP) e será integrada pelos seguintes associados: Ângela Carrato (MG), Beto Almeida (DF), Carlos Castilho (RS), Laurindo Leal (SP), Míriam Gontijo (RJ), Rodrigo Viana (SP).

A reunião aprovou, também, o seguinte esboço do plano de atividades Comissão:

1 – Buscar aproximações com as entidades e organismos de defesa da liberdade de imprensa e dos direitos profissionais dos jornalistas que atuam na América do Sul. Uma meta imediata seria organizar um encontro sul-americano na sede da ABI. Os contatos e realizações conjuntas com as entidades sul-americanas abrirão caminho para operar no mesmo sentido com o conjunto da América Latina e Caribe e outras regiões do globo, a partir dos países do Brics, países da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), e de todos os continentes, levando em conta a existência de grupos e blocos regionais, com os quais a ABI poderá desenvolver parcerias cooperativas.

2 – Restabelecer contatos com entidades como a Felap – Federación Latinoamericana de Periodismo e resgatar iniciativas como a Comisión Investigadora de Atentados a Periodistas (CIAP-FELAP). Por meio da parceria cooperativa com a Felap, defender a integração comunicacional da América Latina. Associar-se aos esforços da diretoria de cultura pelo selo editorial e de certificação ABI Internacional.

3 – Participar em iniciativas que visem a desenvolver um sistema regional integrado que ofereça a leitores, ouvintes, telespectadores e internautas elementos para identificar erros, omissões e enviesamento nas notícias publicadas pela imprensa e influenciadores digitais. Associar-se aos esforços da Diretoria de Cultura pelo selo editorial e o selo de certificação internacionais da ABI.

4 – Realizar parceria internacional de organizações jornalísticas, especialmente no âmbito latino-americano, para estudar e propor procedimentos e ações contra a desinformação.

5 – Abordar a relação entre jornalismo e redes sociais também no âmbito internacional, propondo parcerias latino-americanas para desenvolver ações que preservem a integridade da função social do jornalismo. Os jovens de hoje já se informam majoritariamente pelo Facebook, Instagram e Tik Tok.

6 – Enfrentar o problema do desemprego jornalístico como uma preocupação global da profissão e propor parcerias internacionais, especialmente na América Latina, para desenvolver pesquisas e alternativas.

7 – Restabelecer contatos com algumas organizações multilaterais: a Organização Internacional de Jornalistas (OIJ), a Comissão de Direitos Humanos da ONU e a área de liberdade de expressão e segurança de jornalistas na Unesco.

8 – Estabelecer contatos com organizações e grupos de entidades continentais e mundiais de solidariedade internacional de que façam parte sindicatos, movimentos sociais, casas legislativas e partidos políticos brasileiros para assegurar a participação da ABI em ações de solidariedade internacional de caráter geral ligadas à defesa da democracia, do progresso social, da paz mundial e a democratização das relações internacionais.

9 – Estabelecer contatos com representações diplomáticas de países em que esses valores norteiam suas relações exteriores. Promover visitas de delegações de intercâmbio e amizade.

10 – Estabelecer contato e realizar atividades conjuntas com os correspondentes estrangeiros que trabalham no Brasil através da associação que os representa.

11 – Estimular a participação de jornalistas brasileiros em veículos internacionais de comunicação e difundir no Brasil suas produções.

12 – Promover a realização de debates, lançamentos de livros, cursos, seminários, congressos etc., ligados à temática internacional.

13 – Como organização de segmento importante da sociedade civil brasileira, é dever da ABI associar-se às forças não estatais e estatais que se empenham pelo exercício de uma política externa pacífica e solidária, como disposto no Artigo 4º da Constituição Federal: em defesa da independência nacional, da prevalência dos direitos humanos, da autodeterminação dos povos, da não-intervenção, da igualdade entre os Estados, da paz, da solução pacífica dos conflitos, o repúdio ao terrorismo e ao racismo, a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e a concessão de asilo político. A ABI deve igualmente associar-se a todos os esforços do Brasil pela integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Nesse sentido, a ABI deve participar em ações de solidariedade com países e povos ameaçados ou agredidos por golpes, sanções, bloqueios, intervenções, guerras e quaisquer ações que violem consagrados princípios do direito internacional, incluindo o direito que cada povo tem a escolher seu próprio modo de organização política e social.

14 – Iniciativas aqui propostas, como a realização de congressos, debates, lançamentos de livros, visitas de solidariedade, cursos e seminários devem ser compartilhadas com o conjunto da diretoria, outras comissões da ABI, e as demais instâncias da Entidade, como os conselhos consultivo, deliberativo e fiscal.