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Assembleia de Minas restringe acesso de imprensa


20/02/2019


Uma deliberação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais passou a proibir o acesso de jornalistas à antessala do Plenário. A nova regra (2.700/2019) foi implantada na terça-feira (19) e já provocou protestos da imprensa mineira.

Parlamentares

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) divulgou nota repudiando a decisão. Para a entidade, a mudança é “uma das atitudes mais antidemocráticas da história da Assembleia”, além de desrespeitar o direito do próprio cidadão. “A proibição do acesso dos jornalistas à antessala é um desrespeito ao trabalho da imprensa, e, sobretudo, um desrespeito ao cidadão, pois dificulta que a informação seja transmitida para a sociedade. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais repudia essa deliberação e vai lutar de todas as maneiras para que ela não siga adiante”, destaca no texto.

Assinada pelo presidente da mesa, Agostinho Patrus (PV), a deliberação apresenta como justificativa “a necessidade de controle de acesso e circulação de pessoas nas dependências da Assembleia Legislativa, incluindo as dependências contíguas ao Plenário, para garantia da ordem dos trabalhos legislativos, da segurança das pessoas e da defesa do patrimônio público”.

A imprensa continuará a ter livre acesso às galerias do Plenário, ao salão de café e aos locais de realização das reuniões de comissões.

Em entrevista ao SJPMG, a repórter Edilene Lopes, da Rádio Itatiaia, que faz a cobertura da Casa há anos, considerou a mudança um entrave ao trabalho da imprensa. “Os jornalistas precisam de liberdade para trabalhar, espero que a Assembleia reveja a decisão. É da antessala do plenário que nós acompanhamos as discussões e os diálogos entre os deputados. Sempre foi assim. A proibição é um entrave ao nosso trabalho”, disse.

As novas regras também passam a exigir credenciamento específico junto à Diretoria de Polícia Legislativa (Dpol) para assegurar o acesso dos profissionais às dependências da Assembleia. Antes, bastava a apresentação do crachá funcional.

Fonte: Portal Imprensa