Conselheiro da ABI participa de Diálogo Sobre A China na Nova Jornada no Mundo

O Conselheiro da ABI e coordenador da Comissão de Relações Internacionais, José Reinaldo Carvalho, participou da  videoconferência Diálogo Sobre A China na Nova Jornada no Mundo, realizada na quarta-feira (9), pelo Centro de Mìdia da China. Participaram lideranças políticas e intelectuais do Brasil, Portugal e países africanos de língua portuguesa.

Leia a íntegra da sua intervenção:

“É com grande alegria que me dirijo a vocês desde o Brasil para participar de tão relevante atividade organizada pelo Grupo de Mídia da China.

A nova jornada da China foi inaugurada com a realização do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, o evento mais importante na vida política do país, que decidiu pela reeleição do Líder máximo Xi Jinping como Secretário-Geral do Comitê Central e Presidente da Comissão Militar Central e elegeu os novos Comitê Central, Birô Político e Comitê Permanente do Birô Político.

Este magno acontecimento realizou-se ao final de uma década marcada por conquistas históricas em todas as frentes, desde o 18º Congresso (2012).

O povo chinês inicia agora uma nova trajetória rumo à construção do Estado socialista amplamente modernizado sob a orientação do Pensamento de Xi Jinping para a Construção do Socialismo com Peculiaridades Chinesas na Nova Era. Isto tem grande importância para o mundo.

O 20º Congresso Nacional do PCCh ocorreu em um momento em que a ordem internacional revela-se turbulenta e complexa, passando por reajustes profundos, apresentando à humanidade uma sucessão de desafios globais.
Também reveste-se de importância para o mundo que a alta direção do país tenha elaborado um projeto ambicioso para a próxima etapa do desenvolvimento, que trará resultados significativos para a China.

Os amigos da China no Brasil recebemos com regozijo a informação de que o 20º Congresso decidiu que a tarefa central do Partido Comunista da China é unir e levar o povo chinês na jornada de construir um país socialista modernizado e forte em todos os sentidos, objetivo que será alcançado em duas etapas: concluir, até 2035, o processo da modernização socialista e até meados do século 21, se tornar uma potência próspera, forte, democrática, culturalmente avançada, harmoniosa e bela.

É importante destacar – e isto vale como referência para o mundo – que essa modernização se baseie no conceito de colocar o povo em primeiro lugar.

Um dos aspectos mais relevantes dessa nova jornada da China são as relações econômicas e políticas com os demais países, com a orientação de buscar um novo caminho de cooperação com ganhos para todas as partes envolvidas e visando ao desenvolvimento comum.

Entendo que representa um importante traço da cooperação internacional e do comércio mundial que a China já seja um importante parceiro comercial de mais de 140 países, com uma perspectiva diferente da prática levada a efeito por outras potências mundiais, que sempre basearam sua riqueza no expansionismo e na pilhagem de recursos dos demais países. É importante para o desenvolvimento mundial a abertura para o exterior e o engajamento na cooperação de ganhos mútuos com outros países.

Um papel de destaque nessas relações tem a iniciativa Cinturão e Rota, que oferece a maior, mais ampla e mais inclusiva plataforma de cooperação internacional, viabilizando vastas oportunidades a todos os países.
Outro aspecto que atrai a atenção internacional é a defesa da paz e do desenvolvimento, a defesa do multilateralismo verdadeiro, diretrizes que foram aprovadas no 20º Congresso Nacional do PCCh. Valorizamos nesse sentido a Iniciativa de Desenvolvimento Global e a Iniciativa de Segurança Global, apresentadas pelo presidente Xi Jinping.
A busca por uma comunidade de futuro compartilhado para toda a humanidade é algo fundamental para o desenvolvimento da China e o equilíbrio do mundo.

Por fim, temos razões para nos alegrar com o desenvolvimento das relações bilaterais entre a China e o Brasil, dois países emergentes de relevância internacional que estabeleceram com êxito uma parceria estratégica global. Temos a certeza de que as políticas adotadas pela China a partir do 20º Congresso Nacional do PCCh abrem uma perspectiva ainda mais promissora para as relações bilaterais, principalmente agora, com a eleição de Lula para cumprir seu terceiro mandato como presidente do Brasil”.

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