ABL inicia comemorações do Ano Joaquim Nabuco


14/01/2010


O presidente da Academia Brasileira de Letras, Marcos Vinícios Vilaça, comunica que ações da ABL durante todo o ano de 2010 vão homenagear os 100 anos da morte do estadista, historiador, jurista, jornalista e diplomata, Joaquim Nabuco (1849 – 1910). As atividades iniciam no próximo dia 17.

— Nabuco teve emoção política e agiu com ética imbatível. Seus sentimentos, por conta disso, fizeram dele, também, um escritor político de que “Minha Formação” dá uma estupenda ideia. Ele chamou o povo para com ele promover a liberdade e, com a liberdade, a cidadania”. — ressaltou Vilaça.

A Academia Brasileira de Letras vai dedicar os próximos dias 17 (domingo) e 18 (segunda-feira) ao início de suas celebrações do “Ano de Joaquim Nabuco”, que se estenderão até o final de 2010, envolvendo exposição, ciclos de conferências, mesas-redondas e edições.

A programação é a seguinte:
– Domingo, dia 17 (dia que marca o centenário de morte de Nabuco, em 2010), às 10h30m: Missa Solene na Igreja da Candelária, celebrada pelo Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, com a participação do coral e orquestra “Os violinos mágicos de Murillo Loures”;

– Segunda-feira, dia 18:
17h30m: Conferência do Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Celso Amorim, sobre “As duas vidas de Joaquim Nabuco: o reformador e o Diplomata”, no Salão Nobre do Petit Trianon da ABL (Av. Presidente Wilson, 203 – Castelo);

18h30m: Inauguração do mural cerâmico “O Gigante Nabuco”, de autoria do artista plástico pernambucano Francisco Brennand, especialmente concebido e realizado por solicitação da ABL e que ficará permanentemente aberto à visitação pública no saguão do Centro Cultural do Brasil (Palácio Austregésilo de Athayde), na Av. Presidente Wilson, 231 – Castelo.

Joaquim Nabuco na ABL

Quando a Academia Brasileira de Letras foi fundada (1897), Nabuco, que era um dos membros de maior destaque e um de seus fundadores, fez um discurso que definiu as finalidades e rumos da instituição. Foi um dos membros mais ilustres e prestimosos, um dos seus maiores esteios, conforme depoimento de seus colegas imortais.

Para a cadeira número 27 Joaquim Nabuco escolheu, como patrono, outro pernambucano, o poeta, político e diplomata Maciel Monteiro. Nabuco trabalhou, ainda, na elaboração dos Estatutos, como secretário-geral. Os sucessores do autor de “O Aboliciionista” e “Minha Formação” foram: Dantas Barreto (1910), Gregório da Fonseca (1931), Levi Carneiro (1936) e Otávio de Faria (1972).

O atual ocupante da cadeira 27 é o ensaísta e professor, ex-Ministro da Educação, Eduardo Portella, que assumiu em 1981.