A Cultura resiste, inspirada no clássico E o Vento Levou


21/07/2020


Por Diana Aragão, da Comissão de Cultura e Lazer da ABI

A Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM) completou neste mês de julho 65 anos a todo vapor já que o acervo do documental – centro de documentação e pesquisa – será instalado em prédio localizado na Rua do Senado, no centro do Rio de Janeiro.

Mais de 2 milhões de documentos serão transferidos mas a Cinemateca e seu auditório Cosme Alves Neto – cineclubista e produtor cultural, seu gestor entre 1965 e 1988 – serão mantidos no MAM, e ampliando seus contatos através do site www.vimeo.com/mamrio

A Cinemateca tem um acervo impressionante de obras raras como o filme brasileiro “Reminiscências” de Aristides Junqueira, de 1909. Há filmes da vanguarda russa (quem não se lembra da trilogia “Ivan, o terrível”  ou o clássico mais copiado do mundo “O Encouraçado Potemkin” com a cena do carrinho de bebe – dentro – rolando as escadas) assinados pelo diretor Serguei Eisenstein.

Há filmes mudos acompanhados pelo piano de Cadu Pereira, surrealismo e muito, muito mais no acervo de 7 mil filmes e outros 60 mil, digitais e analógicas. Vale lembrar que durante a ditadura, a censura sempre batia à porta da Cinemateca – funcionando ainda no mesmo prédio do MAM – para acabar com a nossa festa.

Enfim, ainda nos resta a grande Cinemateca já que o desmonte da nossa Cultura encontra-se, infelizmente, a todo vapor também. Mas dias melhores virão ou como dizia Scarlet O’ Hara em “E o Vento Levou” amanhã será outro dia.