Violência atinge advogados em Honduras


04/09/2012


O Procurador dos Direitos Humanos de Honduras, Leonel Casco Gutiérrez, encaminhou ofício ao Promotor Especial dos Direitos Humanos do Ministério Público, Germán Enamorado, para que o órgão garanta a segurança da advogada Gloria Vásquez Pérez, que estaria sendo mais uma vítima da onda de ameaças, perseguições, agressões e atentados que a categoria vem sofrendo nos últimos três anos no país.
 
Leonel quer que a Promotoria acione o chefe da Unidade de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Kelvin Aguirre, e a Secretária de Direitos Humanos do Ministério de Justiça, Ana Alejandrina Pineda Hernández, responsável por garantir o cumprimento do Decreto Legislativo 177-2010, de formulação e implantação de políticas públicas de direitos humanos e segurança, a fim de que sejam tomadas medidas imediatas para evitar novos ataques contra a segurança e a integridade física de Gloria Vásquez Pérez./DIV>

 
 
A advogada criminalista Gloria Vásquez Pérez é uma destacada defensora dos direitos humanos em Honduras, que traz no currículo diversas realizações de cunho humanitário. Fundadora do Grupo e da Comissão Jurídica de Advogadas contra o Golpe de estado em Honduras atua, também, como voluntária em vários organismos de direitos humanos, acompanhando prisões arbitrárias e ilegais de pessoas pela polícia e o Exército de hondurenhos, antes mesmo do golpe de estado.
 
 
As denúncias de ameaças e atos de violência contra Gloria Vásquez Pérez foram registradas pela Procuradora de Direitos Humanos, Itsmania Pineda Plateros, atualmente licenciada, pedindo medidas cautelares de proteção interna para fins de salvaguardar a vida da advogada.  Um dos casos relatados por Itsmania foi o atentado sofrido por Gloria próximo de sua casa, em 26 de maio deste ano, quando foi atacada por um homem, que além de agredi-la fisicamente ainda a ameaçou dizendo: “Hoje você vai morrer!”
 
 
Segundo Itsmania, 71 advogados foram assassinados em Honduras nos últimos anos. De acordo com a procuradora nenhum desses crimes foram devidamente apurados, e os criminosos continuam na impunidade.